Tecnologia

Equipe brasiliense elabora game de aventura destinado a deficientes visuais

Roberta Machado
postado em 28/11/2012 08:30
O programador Juliano Ribeiro (à frente) e a equipe que desenvolveu o Herocopter, que é jogado usando os movimentos do corpo e obedecendo a mensagens sonoras
Um encanador corre pela grama e salta um buraco, caindo sobre a cabeça de uma tartaruga, nocauteando-a. Uma cabeça comilona encontra seu caminho em um labirinto cheio de fantasmas, numa busca frenética por bolinhas luminosas. Um jovem armado foge de uma multidão de zumbis em busca de sobreviventes numa cidade infectada por um vírus misterioso. Se qualquer dessas missões propostas pelos videogames parece complicada, experimente concluí-las com a tela apagada. Pegue o controle e procure chegar ao fim de ao menos uma fase sem espiar os gráficos coloridos. Pois é esse o desafio superado pelos deficientes visuais que se aventuram no mundo dos jogos eletrônicos.

Sem enxergar os cenários ou mesmo o personagem principal, os gamers cegos passam horas interagindo com os telejogos, numa clara desvantagem para os colegas dotados de visão: caindo em armadilhas óbvias, perdendo instruções em texto e procurando recompensas onde elas não estão. Mesmo com tantas dificuldades, eles persistem, principalmente por falta de opção melhor. Os audiojogos, criados especialmente para eles, não são exatamente sinônimo de diversão. A maioria dos títulos disponível não passa de variações de jogos de labirinto simples, em que o jogador obedece a instruções narradas para concluir a aventura, geralmente solitária ; fica difícil convencer os amigos que enxergam a participar da atividade limitada.



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