"Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade." Os primeiros passos de Neil Armstrong na superfície lunar mudaram o mundo, e acenderam a esperança de que a humanidade em breve conquistaria o cenário intergaláctico com colônias pelo espaço. Mal sabiam os homens da época, que passaram a ilustrar donas de casa em trajes espaciais e casas construídas sob bolhas na Lua, que o Universo pertenceria, na verdade, aos robôs.
A cruel superfície marciana, as longas viagens e os perigos desconhecidos do espaço são demais para o frágil corpo humano. Enquanto as pessoas não puderem equipar seus corpos com estruturas mais resistentes a esse tipo de aventura interplanetária, a saída é investir na segurança da tecnologia. A estratégia pode não ser tão poética quanto as pegadas de Armstrong no satélite natural da Terra, mas as máquinas vão para onde forem enviadas, trabalham dia e noite e não precisam retornar à Terra.
Esse foi o ponto discutido pelo astrônomo americano Roger D. Launius, durante uma palestra promovida pelo projeto Esquina da Ciência, organizado pela Embaixada dos Estados Unidos e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Curador da Divisão de História Espacial do Smithsonian, um dos principais museus científicos do mundo, localizado em Washington, o especialista mostrou como a necessidade de explorar outras fronteiras levou à produção de uma nova geração de astronautas, verdadeiros cientistas de metal que se tornaram os olhos e os ouvidos humanos em outros planetas.