Roberta Machado
postado em 07/01/2013 08:42
Antes de passar por um procedimento cirúrgico, o paciente é submetido a um processo delicado e que exige muita precisão para protegê-lo da dor: a agulha carregada de anestésico é inserida dentro da pele e se aprofunda no membro até chegar próximo ao nervo, onde a substância é injetada para causar a sensação de dormência. A grande dificuldade desse procedimento é descobrir justamente até onde a agulha pode ir ; se ela ficar muito longe do nervo, a anestesia não tem o efeito desejado. Se chegar a perfurá-lo, o resultado pode ser a paralisia e até mesmo a morte, dependendo da região prejudicada. Anestesistas podem realizar essa tarefa com base nos conhecimentos anatômicos ou recorrer à precisão tecnológica para evitar falhas graves.São vários os dispositivos usados para guiar uma anestesia regional (que, diferentemente da geral, faz efeito em apenas uma grande parte do corpo, como um dos braços ou as pernas), mas um novo modelo de estimulador de nervos, projetado por um aluno de mestrado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), promete ser uma escolha certa para os profissionais. Trata-se do primeiro aparelho do tipo que funciona de forma automática, sem a necessidade de assistentes ou de constantes regulações.