Roberta Machado
postado em 28/01/2013 07:15
Quando Mark Zuckerberg criou, em 2004, o que viria a ser a maior rede social do mundo, muito do trabalho dependeu de complexos cálculos matemáticos que ele mesmo criou. O conceito do projeto, no entanto, pode não ter sido tão original assim. Um amplo trabalho de pesquisa sobre as academias de ciência italianas dos séculos 16 e 17, feito por instituições britânicas, mostra que alguns dos costumes do Facebook já eram moda entre grandes pensadores do movimento renascentista.De acordo com as análises de materiais produzidos nessas academias, grandes mentes como Galileu Galilei, o pai da ciência, e Elena Cornaro Piscopia, a primeira doutora em filosofia do mundo, gostavam de compartilhar trabalhos, usar apelidos e registrar ilustrações com seus grupos de amigos. Um hábito não muito diferente dos internautas de hoje, que compartilham vídeos e fotos, expõem suas ideias em textos e adotam outros sobrenomes, seja por convicção política ou por brincadeira.
A relação entre as redes sociais e os cientistas foi apontada pela Royal Holloway University, de Londres. Em conjunto com a British Library e da Reading University, a instituição examinou publicações feitas por antigas academias de pensadores da Itália entre os anos de 1525 e 1700. A análise das obras mostrou que os estudiosos recebiam apelidos irônicos nessas organizações, que funcionavam como um canal de comunicação exclusivo ; assim como era o Facebook no início, quando foi criado unicamente para o uso dos estudantes da Universidade de Harvard.
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Conheça mais sobre o trabalho das academias italianas no endereço italianacademies.org. Também confira as páginas da Academia Brasileira de Ciências, em facebook.com/abciencias, e da California Academy of Sciences, em facebook.com/calacademy.