Roberta Machado
postado em 22/02/2013 06:02
A inovação de Pablo Picasso não estava somente nos traços cubistas criados pelo artista. A lenda das artes plásticas também arriscava na escolha dos materiais para a produção de suas telas: de vez em quando, ele deixava as tintas a óleo de lado para estampar imagens com produto vendido para cobrir paredes. Fotos e depoimentos já mostravam as aventuras de Picasso com tinta de construção, mas ainda não era possível apontar com certeza quais obras foram feitas com a matéria-prima inusitada. Agora, cientistas norte-americanos identificaram uma forma certeira de acabar com as dúvidas, baseada na mais alta tecnologia.Especialistas em arte são capazes de avaliar uma obra observando o formato do desenho, as cores usadas e até mesmo a direção e a espessura das pinceladas. Mas, sob esses aspectos, há uma verdadeira ;impressão digital; que pode informar se a peça é genuína, o tipo de material usado pelo o artista e até mesmo o local em que a obra foi produzida. Informações recolhidas a partir de uma quantidade mínima de tinta. Foi justamente essa informação que os pesquisadores usaram para estudar os quadros de Picasso em um nível de profundidade inédito. Os resultados estão na publicação especializada Applied Physics A: Materials Science & Processing.