Marcela Ulhoa
postado em 08/03/2013 06:09
Ficar imobilizado, internado em um leito de hospital, ou até mesmo deitado na cama de casa por um período muito longo são situações favoráveis ao surgimento das escaras, também conhecidas por úlceras de pressão. A lesão na pele é decorrente da redução do fluxo sanguíneo e da oferta de nutrientes em determinada região do corpo pressionada por muito tempo contra um objeto externo, como colchões e cadeiras. Com o intuito de prevenir o surgimento de tais feridas e acelerar o processo de cicatrização quando as lesões já estão afloradas, pesquisadores do Laboratório de Engenharia e Biomaterial da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram uma inovadora tecnologia.Como um dos principais motores para o desenvolvimento das escaras é o longo período passado na cama, a pesquisadora em engenharia biomédica Maria Joana de Carvalho resolveu buscar a solução no colchão. Em parceria com a orientadora de sua tese de mestrado e com alunos de graduação da engenharia elétrica, Carvalho desenvolveu um protótipo do que chamou de ;colchão inteligente;. Confeccionado com látex e munido de um circuito eletrônico capaz de controlar a pressão e a temperatura de acordo com as necessidades de cada paciente, o aparato tecnológico foi patenteado no final de 2011. Até o fim deste anos, a pesquisadora espera que o modelo em tamanho real esteja disponível no mercado.