Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Estudos mostram que crianças autistas interagem melhor com as máquinas

Os amigos de lata despontam como ferramenta estratégica para reduzir principalmente a ansiedade dos pequenos


Robôs são fascinantes. Ao andar, realizar tarefas e até mesmo falar, essas máquinas convidam qualquer um a parar e observar a tecnologia em movimento. Esse interesse natural pelos humanoides eletrônicos é explorado na ficção científica, em brinquedos e em eletrodomésticos, mas ainda há outras fronteiras que podem ser atravessadas pelos homens de lata. Trata-se do relacionamento com pessoas que têm dificuldade de interagir com outros humanos, mas que podem se abrir para um amigo mecânico: novas pesquisas reforçam a tese de que os robôs são mais atraentes para as crianças autistas do que os adultos. Além de divertida, a ferramenta robótica pode facilitar o trabalho de terapeutas e acelerar os efeitos do complicado tratamento do transtorno do espectro autista (TEA).

Sabendo do interesse dos pequenos pelas figuras robóticas, os pesquisadores do Instituto de Pesquisa e Tratamento para Distúrbios do Espectro Autista (Triad, na sigla em inglês) decidiram colocar o talento das máquinas à prova. Um grupo de 12 crianças de 3 a 5 anos foi submetido a uma série de exercícios de atenção em uma sala com televisores que exibiam desenhos animados. Metade delas era diagnosticada com TEA, enquanto os outros participantes apresentavam um desenvolvimento comum. A técnica foi chamada de arquitetura adaptável mediada por robôs.