Roberta Machado
postado em 12/04/2013 08:19
Pesquisadores norte-americanos, em conjunto com um time de cientistas sul-coreanos, conseguiram desenvolver e testar uma luz de LED flexível e pequena o bastante para ser inserida no cérebro de um animal vivo. Essa é a primeira vez que um dispositivo eletrônico é instalado no órgão sem causar qualquer tipo de irritação ou queimadura nos neurônios. O aparelho pesa apenas 600mg e produz uma luz potente o suficiente para ser vista em uma sala iluminada, um feito surpreendente para algo tão minúsculo ; a ferramenta tem uma espessura 20 vezes menor que a de um fio de cabelo, podendo ser instalada na ponta de uma agulha.
Os criadores da microluz acreditam que ela pode ser usada em experimentos científicos com pequenas cobaias ou em procedimentos médicos delicados. A invenção já foi usada numa experiência que testou os efeitos da recompensa em ratos geneticamente modificados, descrita na edição desta semana da revista Science. A invenção funciona sem fios e pode ser inserida em qualquer profundidade do cérebro. Isso significa alcançar, sem prejudicar, áreas da mente que controlam e reagem a diferentes emoções ou ações. A versatilidade da ferramenta pode resultar em uma variedade de experimentos ou procedimentos sobre o cérebro ainda vivo. Algumas opções são a estimulação do efeito de drogas ou de níveis de oxigênio ou do fluxo sanguíneo nos neurônios unicamente por meio da iluminação.