Shirley Pacelli
postado em 16/04/2013 09:55
Quando Charles Hull criou a primeira impressora 3D, em 1984, provavelmente, não imaginava a infinidade de aplicações que a criatividade humana daria para a máquina. De bombons a carros e roupas, quase tudo já foi impresso ; ou será, em breve. A tecnologia tem transformado, especialmente, a medicina. Há poucos meses, a cirurgia das gêmeas guatemaltecas Maria Teresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez, que nasceram unidas pela cabeça, foi facilitada após os médicos planejarem e treinarem a operação em moldes 3D. O procedimento cirúrgico, que em casos semelhantes poderia levar até 97 horas, foi realizado ; com sucesso ; em 22 horas. Bioimpressoras 3D já criaram partes menos complexas do corpo humano, como a uretra. No futuro, a previsão é que as máquinas comecem a produzir órgãos e tecidos para minimizar as gigantescas filas de espera por doação.No entanto, as impressoras tridimensionais também podem fazer objetos polêmicos. Neste mês, Cody R. Wilson, estudante de direito da Universidade do Texas, "imprimiu" um rifle capaz de fazer até 600 disparos. Wilson é fundador da Defense Distributed, organização sem fins lucrativos, que desenvolve e publica modelos de armas na internet. Em fevereiro, como provocação à decisão do governo norte-americano de limitar a compra de armas, a empresa criou a munição Cuomo, que permite ser impressa 3D e equipa os fuzis AR-15. Segundo a revista Wired, o rapaz é considerado uma das 15 pessoas mais perigosas do país.