Tecnologia

Mães descobrem o poder das mídias sociais para mobilizar e transformar

Há exemplos de mães que criaram uma comunidade de autismo. Por meio da mobilização on-line, elas conseguiram coletar assinaturas e pressionar o governo para garantir mais direitos aos autistas

Shirley Pacelli
postado em 07/05/2013 09:03
Há exemplos de mães que criaram uma comunidade de autismo. Por meio da mobilização on-line, elas conseguiram coletar assinaturas e pressionar o governo para garantir mais direitos aos autistas
Quando a mãe dos gêmeos Davi e Samuel, prestes a completarem 3 anos, chamava por eles em casa, os meninos não apareciam ;, mas bastava colocar um DVD que eles iam correndo para a sala em busca de diversão. Débora Vieira Gomes, pedagoga de 33 anos, saía para o trabalho e os filhos não choravam com a ausência. Davi nunca a olhava nos olhos. Esses indícios, combinados ao fato de os gêmeos ; então com 1 ano de idade ; ainda não falarem, fizeram a mãe suspeitar que havia algo diferente. A pedagoga foi, então, em busca de um diagnóstico. A resposta veio rápido: os gêmeos têm autismo, doença que atinge principalmente a comunicação, a socialização e o comportamento. Diante disso e da falta de conhecimento em relação ao problema, ela começou em pesquisas na internet.



A maioria das informações que conseguia era em blogs pessoais. ;Descobri uma rede de apoio na web e participo de grupos no Facebook para trocar informações. Um sempre ajuda o outro;, conta. No início, ela coletava conteúdo e salvava em um blog para ler em qualquer lugar em que estivesse. Com o tempo, resolveu tornar a página pública. O Diário: mãe de uma autista (diariomaedeumautista.blogspot.com) recebe em média 200 visualizações diárias.

A comunidade do autismo tem presença forte na internet. Por meio da mobilização on-line, as mães conseguiram coletar assinaturas no Avazz e pressionar o governo para garantir mais direitos aos autistas. Em dezembro, foi aprovada uma lei que reconhece o autismo como deficiência e dá amparo à criança na inclusão educacional. Hoje, já existe um abaixo-assinado com 2,1 mil assinaturas contra a aprovação de artigos que foram vetados pela presidente Dilma e permitiriam a cobrança de um valor à parte pelo monitoramento das crianças nas escolas (para participar acesse: http://bit.ly/11T2Ozu).

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