; Thiago Moreira
Se perguntarmos qual item você não esquece por nada quando vai sair de casa, qual seria sua resposta? O smartphone e o tablet seriam as opções mais votadas. Não é para menos. Em tempos em que a mobilidade assumiu um papel crucial, estar conectado é fundamental, seja qual for o sistema operacional que o aparelho carregue. Reforçam essa tendências duas pesquisas lançadas recentemente pela IDC, mostrando que, no primeiro trimestre de 2013, os smartphones ultrapassaram pela primeira vez os celulares comuns (chamados de feature phones) em número de unidades vendidas. Dos 418,6 milhões de aparelhos comercializados no mundo, cerca de 61,8% deles têm um sistema operacional conhecido. Já as pranchetas digitais venderam quase 50 milhões de unidades no mesmo período, valor que ultrapassa o primeiro semestre de 2012.
Se você fizer uma rápida pesquisa pela internet, vai encontrar pelo menos uma centena de blogs, vídeos e outros tutoriais ensinando o usuário mais leigo a destravar o aparelho, deixando-o ao seu gosto. A esse processo é dado o nome de jailbreaking, para os entusiastas do iOS da Apple, ou rooting, para os defensores do Android, da Google. Isso confere ao usuário poderes de acesso a recursos até então escondidos pela interface, como controle de chamadas do sistema, modificações na câmera ou na recepção do sinal de GPS, por exemplo.
Atualizações
Um dos que já fez uso do jailbreaking foi o analista de sistemas Gustavo Paixão, de 34 anos. O motivo para o desbloqueio foi a incompatibilidade com as operadoras. ;Como trouxe o aparelho do Canadá para o Brasil, o mesmo veio bloqueado, sem suporte às empresas de telefonia daqui;, relembra o analista. No entanto, ressalta a desvantagem do processo: ;O celular não podia ser atualizado para versões mais novas do sistema, pois perderia o desbloqueio e não conseguiria usar o aparelho;, complementa. Hoje, Gustavo deixou de usar o jailbreaking. ;Como o smartphone que comprei aqui era desbloqueado, não tive necessidade de fazer tudo novamente;, resume.
