Agência France-Presse
postado em 24/06/2013 17:49
PARIS - Os quatro primeiros satélites da rede O3b, que tem o objetivo de oferecer uma conexão de internet de alta velocidade e com bom preço para três bilhões de pessoas em 180 países do mundo, serão lançados esta segunda-feira da Guiana Francesa a bordo de um foguete Soyuz. O3b é a abreviação de "Other 3 billion", os "outros três bilhões" de habitantes do planeta que, por falta de infraestrutura, ainda não têm acesso rápido e fácil à internet, como nos países ricos.
A ideia surgiu em 2007 da mente do americano Greg Wyler, fundador da O3b Networks, quando este pioneiro das redes de telefonia de terceira geração (3G) estava em Ruanda e não podia se conectar por causa das infraestruturas deficientes do país. Apesar disso, "os moradores desses países estão desejando ter acesso à internet, a demanda existe, trata-se de um problema de custo", explicava em 2008, durante visita a Paris, onde lançou oficialmente seu projeto.
Para solucionar o problema, Greg Wyler teve a ideia de evitar as caras infraestruturas por terra, como fibra óptica ou cabo, e colocar em órbita ao redor do Equador uma constelação de pequenos satélites que servem de repetidores entre os usuários da internet em todo o mundo e que só precisam de antenas parabólicas.
A órbita ao redor do Equador permite cobrir uma área de 45 graus ao norte e 45 graus ao sul, ou seja, uma região que inclui toda a África, quase toda a América Latina, o sudeste asiático, a Austrália e a Oceania, onde há muitos países sem infraestrutura suficiente para garantir uma boa conexão à rede.
Embora os satélites geoestacionários já proporcionem este tipo de serviço, seu custo de exploração e o preço final para o usuário ainda são muito altos. Além disso, os satélites "clássicos" ficam a 36.000 km de altitude, são muito grandes, precisam de muita potência para emitir e os dados demoram às vezes mais de meio segundo para ir e voltar à Terra.
-- Satélites leves e rentáveis --
É o contrário dos satélites O3b, projetados pela Thales Alenia Space, e que estarão situados a 8.062 km. Além disso, são menores (650 quilos contra as 4 a 6 toneladas dos geoestacionários) e se comunicam com a Terra quatro vezes mais rápido. A logo prazo, a velocidade da internet que oferecerão será "comparável em volume e em tempo de resposta à fibra óptica", assegura a Arianespace, que porá os quatro primeiros satélites em órbita.
Cada satélite tem doze antenas móveis que permitem apontar para pontos precisos em função da demanda de conexão e cobrem áreas com centenas de quilômetros quadrados, assim como os satélites de observação da Terra. O sinal que emitem é da gama de frequências Ka, que tem uma grande amplitude de banda e pode ser facilmente captado com antenas parabólicas muito pequenas.
Convencidos da rentabilidade da ideia de Greg Wyler, grandes grupos internacionais investiram no projeto, como Google, Liberty Global - líder dos operadores internacionais de cabo -, o operador de satélites SES, o banco HSBC ou o banco de desenvolvimento da África do Sul.
Os quatro primeiros satélites da rede O3b serão lançados esta segunda-feira por um foguete Soyuz do centro espacial da Guiana Francesa às 15H53 de Brasília. Os dois primeiros se separarão do foguete russo horas depois do lançamento e os dois últimos, 22 minutos depois. Outros quatro satélites serão lançados mais adiante para completar a rede e a médio prazo serão enviados outros 16, informou a O3b Networks.
A ideia surgiu em 2007 da mente do americano Greg Wyler, fundador da O3b Networks, quando este pioneiro das redes de telefonia de terceira geração (3G) estava em Ruanda e não podia se conectar por causa das infraestruturas deficientes do país. Apesar disso, "os moradores desses países estão desejando ter acesso à internet, a demanda existe, trata-se de um problema de custo", explicava em 2008, durante visita a Paris, onde lançou oficialmente seu projeto.
Para solucionar o problema, Greg Wyler teve a ideia de evitar as caras infraestruturas por terra, como fibra óptica ou cabo, e colocar em órbita ao redor do Equador uma constelação de pequenos satélites que servem de repetidores entre os usuários da internet em todo o mundo e que só precisam de antenas parabólicas.
A órbita ao redor do Equador permite cobrir uma área de 45 graus ao norte e 45 graus ao sul, ou seja, uma região que inclui toda a África, quase toda a América Latina, o sudeste asiático, a Austrália e a Oceania, onde há muitos países sem infraestrutura suficiente para garantir uma boa conexão à rede.
Embora os satélites geoestacionários já proporcionem este tipo de serviço, seu custo de exploração e o preço final para o usuário ainda são muito altos. Além disso, os satélites "clássicos" ficam a 36.000 km de altitude, são muito grandes, precisam de muita potência para emitir e os dados demoram às vezes mais de meio segundo para ir e voltar à Terra.
-- Satélites leves e rentáveis --
É o contrário dos satélites O3b, projetados pela Thales Alenia Space, e que estarão situados a 8.062 km. Além disso, são menores (650 quilos contra as 4 a 6 toneladas dos geoestacionários) e se comunicam com a Terra quatro vezes mais rápido. A logo prazo, a velocidade da internet que oferecerão será "comparável em volume e em tempo de resposta à fibra óptica", assegura a Arianespace, que porá os quatro primeiros satélites em órbita.
Cada satélite tem doze antenas móveis que permitem apontar para pontos precisos em função da demanda de conexão e cobrem áreas com centenas de quilômetros quadrados, assim como os satélites de observação da Terra. O sinal que emitem é da gama de frequências Ka, que tem uma grande amplitude de banda e pode ser facilmente captado com antenas parabólicas muito pequenas.
Convencidos da rentabilidade da ideia de Greg Wyler, grandes grupos internacionais investiram no projeto, como Google, Liberty Global - líder dos operadores internacionais de cabo -, o operador de satélites SES, o banco HSBC ou o banco de desenvolvimento da África do Sul.
Os quatro primeiros satélites da rede O3b serão lançados esta segunda-feira por um foguete Soyuz do centro espacial da Guiana Francesa às 15H53 de Brasília. Os dois primeiros se separarão do foguete russo horas depois do lançamento e os dois últimos, 22 minutos depois. Outros quatro satélites serão lançados mais adiante para completar a rede e a médio prazo serão enviados outros 16, informou a O3b Networks.