Roberta Machado
postado em 28/08/2013 06:00
Quando uma imagem é transferida da realidade para o televisor, a terceira dimensão deixa de existir, deixando atores, cenário e objetos no mesmo plano visual. Esse fenômeno ocorre devido a um problema de referência: enquanto na vida real o cérebro mescla as diferentes informações percebidas por cada olho, a tela comum oferece um cenário de perspectiva única, que é enxergado da mesma forma pelos dois lados da visão. As imagens 3D de cinema ou tevê precisam ser capturadas de diferentes pontos de vista e transmitidas separadamente ao telespectador, que capta cada informação com um dos olhos graças à ajuda de óculos projetados especialmente para esse fim. Assim, o cérebro é ;enganado;, e cria o efeito ilusório do volume.Essa técnica de simulação das três dimensões (conhecida como estereoscopia) exige o uso de duas ou mais lentes, que trabalham em conjunto para produzir vídeos que serão processados numa única imagem. Essa exigência tecnológica pode não ser problema para os grandiosos estúdios de Hollywood, mas é um grande empecilho quando a imagem que se deseja capturar tem dimensão microscópica. Para a comunidade científica interessada em visualizar células e suas estruturas de maneira tridimensional, faltava uma técnica simples, que pudesse ser aplicada em um equipamento compacto e eficiente. Pois foi justamente esse o feito alcançado por um grupo de engenheiros da Universidade de Harvard, que transformou um simples microscópio monocular em um equipamento de imagens 3D.
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