postado em 08/10/2013 09:27
Quando uma moça loira, de saias curtas e microfone com formato de brinquedo, descia de uma nave para apresentar um programa na tevê, as mães sabiam que podiam fazer outras atividades no lar e deixar as crianças por conta do televisor. Pois é: isso foi nos anos de 1990. Hoje, animais, como a Galinha Pintadinha, ou desenhos em três dimensões estão em tablets, smartphones e computadores e servem como babás para os pequenos ; e eles adoram. A ascensão dos gadgets está inaugurando uma nova geração digital, conclui estudo da consultoria Nielsen, feito nos Estados Unidos ; mas que se encaixa muito bem na definição da origem de um novo nicho no varejo de eletrônicos no Brasil.
[SAIBAMAIS]Lá, 78% dos pais que possuem tablets deixam os filhos menores de 11 anos utilizarem a prancheta digital para atividades com objetivos educacionais. Por aqui, os pequenos como Tiago Moreira, 3 anos, estão aprendendo precocemente como manejar os aparelhos digitais. Os pais dizem que, com a presença na educação dos filhos, a utilização desses dispositivos é bem-vinda. De olho nesse hábito, empresas de produtos infantis e eletrônicos aproveitam para lançar objetos apoiados nos gostos dos pequeninos: dispositivos que suportam aplicativos de vídeos, uma imensidade de jogos, desenhos e até pranchetas tematizadas com personagens populares. No entanto, uma grande preocupação dos pais é como usar esses aparelhos sem prejudicar o relacionamento com outras crianças ; e também evitar o vício. ;Não dá para educar, hoje, sem que as crianças tenham contato com as tecnologias da informação e educação. Por outro lado, isso não pode ser o objeto principal da vida delas. Há outras formas de descoberta;, explica Fátima Guerra, especialista em educação infantil e professora.