Tecnologia

Técnica permite a criação de circuitos eletrônicos com uma folha de papel

Os objetos feitos em papel comum não substituem componentes de silício, mas podem integrar equipamentos como lanternas e sensores de umidade

Roberta Machado
postado em 16/10/2013 06:03
Há séculos, o povo japonês domina e desenvolve o origami, a antiga arte de criar formas a partir do papel. A técnica, que inicialmente era usada para buscar a saúde e a boa sorte, faz surgir da folha plana objetos complexos, como pássaros, flores ou dragões. Agora, os orientais uniram o costume de transformar papel em objetos a uma paixão bem mais recente: a tecnologia. Um pesquisador da Universidade de Tóquio divulgou recentemente uma técnica que permite a criação de circuitos eletrônicos funcionais com uma simples folha de papel e uma impressora jato de tinta comum. Basta imprimir, recortar e colar.

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O trabalho, assinado também por um cientista da Microsoft Research, procura simplificar a produção de circuitos em laboratório, que até hoje dependia de equipamentos especializados ou de técnicas que exigiam longas preparações do material antes e depois da impressão. Em vez de máquinas de dezenas de milhares de dólares, os pesquisadores propõem o uso de modelos ordinários, usados para estampar textos e fotos em residências e escritórios de todo o mundo. Entre equipamentos, tinta e papel, eles calculam que a produção caseira dependa de um investimento inicial de apenas US$ 300.

O segredo está em um tipo de um pigmento condutor carregado de nanopartículas de prata. O líquido viscoso é colocado em cartuchos limpos, que substituem todas as quatro cores usadas em impressoras a jato de tinta. Quando o projeto do circuito é impresso na cor preta e em alta resolução, a máquina combina generosas camadas dos quatro cartuchos, criando linhas funcionais de circuitos eletrônicos. A tinta seca imediatamente, liberando as partículas de prata e dando condutividade ao desenho impresso no papel.

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