postado em 29/10/2013 18:15
A sexta edição da Brasil Game Show contou com mais de 150 mil visitantes nos quatro dias de exposição, entre 26 e 29 de outubro. Este ano, o evento teve dois aspectos especiais: a recepção dos novos consoles da próxima geração, Xbox One e PlayStation 4, e fato de já se encontrar entre as três maiores feiras de game do mundo, pois já ultrapassando a E3 em número de público e, agora, perde apenas para a Gamescom, na Alemanha, e a Tokyo Game Show. Em entrevista ao Correio, o criador da BGS, Marcelo Tavares, esboçou o que os jogadores podem esperar do evento para o ano que vem.
Em um breve resumo na BGS deste ano, o que mudou e quais foram os diferenciais em relação ao anos anteriores?
Dobramos o tamanho com dois pavilhões pela primeira vez, e acho que a gente conseguiu trazer um evento com ruas maiores de uma forma organizada. Uma praça de alimentação muito maior, com mais opções e mais lugares para os visitantes. Tudo aquilo que a gente teve de feedback e que podíamos aprimorar, conseguimos trazer este ano. Passamos esse retorno também para as empresas, para que elas pudessem criar mais estações de jogos para os fãs. Tivemos, por exemplo, a Sony que teve mais de 100 estações, também a Microsoft, a Warner, a EA, a Activision, a Blizzard e a Riot com um campeonato.
[SAIBAMAIS]O evento conseguiu realmente reunir tudo aquilo que há de bom no mercado brasileiro de games e também apresentar para o público novidades de fora do Brasil?
O evento ainda teve 100 lançamentos, entre jogos, aplicativos, consoles, e acessórios, um recorde comparado com outras edições. Os estandes de venda também foram importantes. Antes trazíamos apenas pequenos lojistas, mas hoje conseguimos lojistas com entretenimento e preços diferenciados, porque o jogador sai do estande e quer comprar produtos e ter alguma recordação do que ele viu.
Qual seria o legado da edição deste ano?
Eu acho que este ano já fica marcado na história exatamente pela nova geração, porque a próxima troca nós vamos ver só lá para a 11;, 12; edição da BGS. Claro que podem ter outros consoles sendo lançados no caminho, mas usualmente essas trocas acontecem com prazos de cinco ou seis anos. Conseguimos trazer dois consoles para o Brasil antes do lançamento mundial, o que mostra que as empresas estão dando atenção para o público brasileiro, não à toa vão lançar ambos aqui no mesmo mês do que o lançamento no exterior. Conseguimos trazer lançamentos muito grandes de jogos, e também dublados, o que anos atrás não acontecia. Então o legado foi esse: quebrar o paradigma, e mostrar que o Brasil é um bom lugar para se investir em games.
Associações e empresas estrangeiras já se reuniram comigo e com minha equipe porque estão interessadas em participar da edição do ano que vem. Foram mais de mil executivos estrangeiros que vieram à BGS desde o primeiro dia, e a gente entende que das mais de 1.100 reuniões que foram realizadas,a gente tem certeza que 60%, 70% tem reais chances de virar um negócio concreto. E isso não é bom só para a Brasil Game Show. É bom para o mercado e também para o país, e lá na ponta, é bom acima de tudo para o jogador, pois ele vai ver jogos, marcas que ele não conhece ou que talvez ele já conheça mas não estão aqui. E não tem quem me fale ;Marcelo, não quero participar mais;, ou então, ;eu quero diminuir meu espaço;, quase a totalidade me pede um espaço maior, como foi com a Warner, EA, Saraiva, e a Riot Games, que quadriplicou o espaço. Eu acho que isso vai acontecer da mesma maneira nos próximos anos, e é isso que a gente vai trabalhar para conseguir.
O que o público pode esperar para o ano que vem?
Ano que vem nós já temos a data confirmada, que vai ser de 8 a 12 de outubro. O evento vai ter cinco dias de novo. Na próxima edição, nós poderemos apresentar uma feira com o dobro do tamanho, e com uma estrutura cada vez maior. Vamos oferecer todo o complexo, com duas entradas, uma norte e uma sul e conseguir apresentar e fazer uma ampliação na área de business, que vai ficar muito maior. Pelo que eu tive de conversas com empresas expositoras, está todo mundo muito empolgado em procurar um espaço maior e garantir ele o quanto antes.
Com informações de Álvaro Viana