Aqueles que recorrem ao mundo on-line na busca por parceiros românticos costumam argumentar que a internet permite que se conheça primeiro a alma e, só depois, a aparência do outro. Dentro desse mundo, dizem, alguns preconceitos que dificultariam uma aproximação podem ser deixados de lado para que, na troca de mensagens, se conheça a personalidade e os valores da pessoa com quem se comunica. Mas será que o contato virtual é mesmo capaz de superar obstáculos determinados pelo status quo, como os ligados às diferenças étnicas? Um estudo publicado recentemente na revista especializada PNAS indica que, apesar de os sites de relacionamento terem o potencial para aproximar indivíduos de diferentes raças, a separação é algo muito difícil de ser quebrado e tende a ser reproduzida no universo virtual.
[SAIBAMAIS]A análise, produzida na Universidade da Califórnia em San Diego pelo sociólogo Kevin Lewis, observou as mensagens enviadas por mais de 120 mil usuários heterossexuais do site de namoro OkCupid durante dois meses e meio. O principal objetivo era investigar como os indivíduos dos cinco maiores grupos étnicos presentes no portal (negros, brancos, asiáticos, latinos e indianos) iniciavam e respondiam o contato com as pessoas de outra ascendência.
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