Agência France-Presse
postado em 08/01/2014 21:26
Las Vegas - Não é um pássaro, não é um avião, mas poderia ser um drone (avião sem piloto) pessoal: alguns dos objetos voadores exibidos esta semana no Salão Internacional de Eletrônica de Consumo (CES) em Las Vegas são para brincar, tirar fotos ou filmar, entre outros usos diferentes dos militares.A ideia de drone de uso civil chama atenção para o uso generalizado desta tecnologia aérea por parte dos militares americanos e a crescente dependência das forças de ordem para este tipo de avião.
A gigante varejista americana Amazon, por exemplo, concebeu um plano para usar drones de entrega de produtos, e a Parrot, uma empresa francesa de tecnologia, apresentou em Las Vegas seu "mini-drone" de brinquedo, que pode ser controlado com um smartphone.
"Temos aviões civis e agora temos aviões de brinquedo", disse à AFP Nicolas Halftermeyer, da companhia Parrot, ao descrever o drone da Parrot como um dispositivo projetado para adolescentes que quiserem assumir o desafio de conduzi-los de seus tablets.
Uma divisão da Parrot fabrica drones com asa fixa para cartografia e outros fins, mas estes "mini-drones", tão pequenos que cabem em uma mão, são pura e exclusivamente para brincar, explicou Halftermeyer. "Eles têm hélices de plástico, não são perigosos. Com quatro hélices, o mesmo avião pode se equilibrar automaticamente", continuou.
Para usos mais sérios, o fabricante DJI, com sede na China, revelou sua linha de dispositivos voadores muito similares aos drones. "Nós preferimos chamá-los de sistemas aéreos", disse à AFP Gabriel Chan, da DJI.
Desenhados para fotos aéreas, os dispositivos podem chegar a regiões de difícil acesso e produzir uma "bela cinematografia", disse Chan. Michael Perry, também da DJI, disse que a companhia dispôs de "uma plataforma para que qualquer usuário possa criar vídeos incríveis do céu".
Ainda que até agora estes dispositivos tenham sido usados predominantemente para fotos pessoais e profissionais, Perry disse que os aparelhos da DJI também serviram para operações de busca e resgate nas Filipinas depois da passagem do tufão Haiyan.
O dispositivo é capaz de voar 25 minutos e mandar imagens, assim como sua localização para um celular inteligente, que comanda a navegação. Também está programado para voltar para casa se o usuário perder a localização.
A empresa esclarece que o dispositivo pode revolucionar a foto em locais normalmente inacessíveis, mas também auxiliar em casos de desastres.