Isabela de Oliveira
postado em 05/02/2014 06:50
Enquanto dirigem, as pessoas passam 10% do tempo fazendo qualquer coisa menos prestar atenção no trânsito. Distraem-se com algo que acontece fora da pista, mexem no rádio, alcançam algum petisco para matar a fome ou usam o celular. Todas essas ações paralelas aumentam as chances de acidentes, especialmente para motoristas com pouca experiência, mas a combinação volante/telefone é, de longe, a mais perigosa. É o que aponta um estudo feito nos Estados Unidos por especialistas do Instituto de Tecnologia do Transporte da Virgínia e dos Institutos Nacionais de Saúde, publicado recentemente na revista especializada The New England Journal of Medicine.Para chegar a essa conclusão, o grupo liderado pela pesquisadora Charlie Klauer instalou câmeras e uma série de outros equipamentos, como acelerômetros e GPS, nos carros de 151 motoristas. Os condutores estavam divididos em dois grupos: o primeiro era formado por 42 jovens que tinham tirado a carteira havia menos de três semanas; e o segundo, mais heterogêneo, era constituído por 109 pessoas de 18 e 72 anos. Todos foram monitorados por um período que variou de 12 a 18 meses.
A análise dos dados e a contabilidade do número de acidentes e de quase acidentes (situações em que o motorista se vê obrigado a fazer uma manobra abrupta para não bater) mostra que o celular não é uma distração como outra qualquer no trânsito. Entre os adolescentes que estavam começando a dirigir, digitar no telefone aumentou em oito vezes a chance de bater ou quase bater. O simples ato de pegar o aparelho (o que vale para outros objetos também) elevou esse risco em pouco mais de sete vezes. Em comparação, comer tornou os novos motoristas três vezes mais sujeitos a uma colisão.
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