Barcelona - Os fabricantes de smartphones, majoritariamente asiáticos, apresentam nesta segunda-feira (24/2) seus novos aparelhos de alto padrão, entre os quais o mais esperado é o da empresa sul-coreana Samsung, no primeiro dia do Congresso Mundial da Telefonia Móvel de Barcelona.
As vendas mundiais de smartphones representaram 53,6% das vendas totais de celulares do ano, ou seja, 967,8 milhões dos 1,8 bilhão de celulares vendidos, o que significa uma alta de 42,3% em relação a 2012, segundo cifras da consultoria Gartner.
O dia começou com os últimos telefones da finlandesa Nokia (em processo de compra pela Microsoft), da japonesa Sony Mobile e a chinesa ZTE, cada vez mais leves, mais finos e mais potentes, que buscam se destacar uns dos otros com a integração da tecnologia mais recente em matéria de processadores, câmeras ou por sua qualidade de tela.
O último celular da Sony Mobile, o Xperia Z2, que estará disponível a partir de março, tem uma câmara de 20,7 milhões de pixels que permite gravar em 4K, a mais alta resolução de vídeo existente e será vendido com fones de ouvido que reduzem o barulho.
A Sony Mobile acrescenta também a seu leque o Xperia M2, um tablet Xperia Z2, extrafino, e uma pulseira conectada: a SmartBand SWR10.
"O Xperia Z2 e o tablet Z2 só apresentam pequenas melhoras em relação aos produtos mais simbólicos da Sony, mas sua importância no esforço de reconquista da marca e do design Sony é indiscutível", segundo Nick Dillon, analista da Ovum.
A chinesa ZTE apresentou o Grand Memo II LTE, um smartphone Android ultrafino com uma tela de 6 polegadas, do qual a empresa destacou sua nova bateria com mais autonomia. A tela deste smartphone pode ser divida em duas para, por exemplo, assistir a uma partida e comentá-la ao mesmo tempo nas redes sociais, explicou o ZTE.
A Nokia surpreendeu lançando uma nova gama de telefones, os Nokia X, que funcionam com Android, o sistema do Google competidor do Windows Phone, a plataforma da Microsoft, seu futuro proprietário.
Para a Nokia, trata-se de chegar aos que querem comprar um smartphone por menos de 150 euros. Segundo Bryan Wang, analista da Forrester, este anúncio terá um impacto sobre os fabricantes chineses de smartphones de baixo custo, especialmente os "modelos Android mais simples da Samsung que serão os primeiros afetados, o que pode modificar a atual estratégia de produtos da Samsung".
A Samsung apresentará nesta tarde o último Galaxy, dos quais vendeu cerca de 300 milhões no ano passado, segundo a Gartner.
A Samsung mostrou no domingo seus dois relógios inteligentes que funcionam com o sistema operacional livre Tizen, desenvolvido por um consórcio do qual é um dos principais membros.
A chinesa Huawei também apresentou domingo um relógio interconectado, um smartphone que funciona com conexão à internet ultra-rápida 4G e um mini tablet que também funciona como telefone.
Os fabricantes de terminais aproveitam esta feira profissional de prestígio para destacar os smartphones de alto padrão, que servem de atrativo para vender o restante de seus produtos, frequentemente mais baratos.
Segundo a consultoria IDC, "as campanhas de marketing mundial continuam se centrando nos telefones como o iPhone 5S, o Galaxy Note 3 ou o HTC One, quando os estudos demonstram que as compras dos consumidores se deslocam rapidamente a produtos significativamente mais baratos".
Contudo, "esses esforços constroem uma percepção da marca crucial que permite vender, inclusive com alternativas menos onerosas", destacou o IDC.
O outro grande momento do dia será o discurso do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, poucos dias depois de comprar, a preço de ouro, o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.