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Tecnologia

Séculos datilografados: na era da informática máquinas de escrever resistem

Desde então, o equipamento passou por diversas modificações e ainda estão por ai, graças a usuários que não abrem mão da velha companheira de escrita

Jawaharlal Nehru, mais conhecido na Índia como Pandit, ou Professor, foi o primeiro governante do país após a independência do Império Britânico, em 1947. Para ele, a inauguração de uma fábrica de máquinas de escrever era um projeto prioritário. O Professor acreditava que, daquele modo, iniciava-se o caminho indiano rumo à industrialização. Por anos, a empresa criada, parte do polo industrial da Godrej & Boyce Manufacturing Company, abasteceu o mercado local e internacional, e foi a última do ramo a fechar as portas, em maio de 2011. Ao produzir as derradeiras peças, a companhia encerrava uma história iniciada 300 anos atrás, quando um inglês registrou a primeira patente de um equipamento do tipo.



A invenção da máquina de escrever é atribuída a Henry Mills. Em 1714, ele recebeu da então rainha da Inglaterra, Ana de Stuart, a patente de um engenho mecânico que permitia imprimir símbolos sobre uma folha de papel. Esse foi o ponto de partida para a escrita de forma mecânica. Nos anos seguintes, outros equipamentos surgiram, sempre com o intuito de ajudar cegos a imprimirem seu pensamentos. Sentados diante do trambolho, que mais lembrava um piano, as pessoas com deficiência visual erguiam alavancas dotadas de caracteres tipográficos.

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Em 1801, o italiano Pellegrino Turri inventou o papel-carbono para gravar o que sua mulher, a Condessa Carolina Fantoni da Fivizzano, também cega, escrevia em um aparato que ele mesmo havia construído. Sete anos depois, ele trocou as alavancas por uma espécie de teclado, mostrando que o invento poderia ser útil também para pessoas que enxergavam. Foi, então, em 1829, que o americano William Austin Burt projetou, construiu e pantenteou a primeira máquina de escrever prática do mundo.

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