Oito meses depois dos Estados Unidos, o Google lança o Chromecast nesta quarta-feira (19/3) na Europa e no Canadá, um pequeno adaptador que transfere conteúdos de vídeo online de aparelhos portáteis para a televisão.
Uma televisão dotada de uma entrada HDMI, uma rede wifi e alguns minutos de instalação são suficientes para pôr para funcionar esse pequeno equipamento, do tamanho de um pendrive. Uma vez configurado, o Chromecast se comunica com um smartphone, com um tablet, ou com um notebook. Desses diferentes aparelhos, os vídeos on-line do YouTube podem ser transferidos e vistos na televisão, graças ao pequeno ícone "cast".
O smartphone se transforma assim em um controle remoto, de onde é possível regular o volume, passar para o próximo vídeo, ou pausar a leitura. E, uma vez que o vídeo está aberto, é possível usar outros aplicativos do celular.
Apesar de já existirem ferramentas semelhantes, o Google aposta na simplicidade, no tamanho e no preço (35 euros) do Chromecast.
"Para nós, o conteúdo é o mais importante. Queremos que seja tão simples ver na televisão quanto no smartphone", explicou à AFP o diretor de Engenharia da empresa e encarregado do projeto, Majd Bakar.
Outra vantagem apontada pelo Google é a compatibilidade com um grande número de plataformas e de terminais: Android, iPad, iPhone, Chrome para Mac, ou Windows.
O software do aplicativo está aberto para programadores, que podem fazer alterações e aperfeiçoá-lo.
Amazon deve lançar concorrente
Depois do lançamento em julho de 2013 nos Estados Unidos, o Chromecast chega agora a Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Noruega, Holanda, Reino Unido, Suécia e ao Canadá.
A empresa afirma que o aplicativo já vendeu "milhões" de unidades, mas não divulgou números concretos.
Além do YouTube, do navegador Google Chrome e da loja on-line Google Play, os usuários também encontrarão disponíveis, dependendo do país, diferentes editores de conteúdo, como Netflix (Reino Unido, Holanda, Suécia, Dinamarca e Finlândia), BBC (Reino Unido), Watchever (serviço de VADA, ou vídeo on demand por assinatura), ou Maxodome (Alemanha).
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"É um elemento de diferenciação para nós e uma aposta inicial (...) nossos clientes terão acesso na TV a conteúdos que, por enquanto, estavam disponíveis apenas em seus smartphones", explicou o diretor de Marketing do SFR, Guillaume Boutin, único operador a comercializar o Chromecast na França.
A tendência da diminuição das fronteiras entre a TV e a Web deve se acentuar. Segundo rumores crescentes, o gigante do comércio online Amazon deve lançar em abril um produto concorrente.
Para Pascal Lechevallier, fundador da What;s Hot, empresa especializada em novos meios de comunicação, esse equipamento é uma ótima maneira de as empresas presentes no Youtube serem assistidas pela televisão.
"A história está em andamento, e a oferta de vídeo online ainda vai aumentar muito", previu ele, ressaltando a importância de o Google capitalizar em cima dos anúncios publicitários veiculados com os vídeos.