Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Mercado de software livre ainda atrai milhares de usuários pelo mundo

O crescimento nos últimos cinco anos foi de cerca de 20%. No entanto, para o criador do conceito, ainda há muito que ser trabalhado para que esses programas façam a diferença

A palavra-chave na internet é coletividade. Duvida? Pessoas se juntam em sites de financiamento coletivo para viabilizar ideias criativas, criam petições on-line que impactam a sociedade, editam artigos da Wikipedia para torná-los mais confiáveis. A rede mundial de computadores permite que indivíduos diferentes, com origens, crenças e culturas diversas se unam em prol de um bem comum, acima dos interesses individuais. A maior prova disso: software livre.

Você pode não saber, mas essas duas palavrinhas foram responsáveis pela computação que conhecemos hoje. Programas são distribuídos com código-aberto para que qualquer um tenha a possibilidade de aprimorá-los e adequá-los às necessidades do usuário.

Não pense que isso é só coisa de hippie que não quer se ater às grandes corporações: além da Wikipedia, provavelmente você já usou algum outro aplicativo de código-aberto. Firefox, WordPress e VLC entram nessa lista, e estão entre as melhores opções nas categorias em que atuam. Em boa parte dos casos, softwares livre não ficam atrás dos programas comerciais.

A luta pela liberdade de escolhas na rede tem teoria e filosofia. E a aprovação do Marco Civil da Internet na última semana deixou isto claro: a web carrega fortes questões políticas. Tanto é que um movimento surgiu, simultaneamente em pelo menos 24 países de todo o mundo, em busca dessas garantias: o Partido Pirata, que também atua como defensor dos softwares livres. Constituído oficialmente como um partido político em nações como Inglaterra, Japão e Canadá, a organização já até elegeu deputados em diferentes países, como na Alemanha e na Espanha.

Que se abram os códigos

Vamos supor que você seja fã de bolos. Embora você até tenha tentado algumas vezes cozinhar em casa, não conseguiu deixar tão gostoso quanto o da confeitaria do bairro. Como a loja sabe que ninguém faz uma iguaria tão gostosa, podem cobrar o preço que quiser. Toda vez que desejar comer uma fatia, precisa comprar neste estabelecimento e pagar o quanto for exigido. Agora, imagine se a receita fosse compartilhada para qualquer pessoa tentar fabricá-lo e melhorá-lo, ou até mesmo adaptá-lo a cada gosto. Basicamente esse é o conceito de software livre.



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