Roberta Machado
postado em 25/06/2014 06:00
A melhor senha de acesso não está no teclado do computador: está no conforto de um rosto familiar. Criada há pouco mais de uma década (leia Para saber mais), a autenticação por meio do reconhecimento de fotos ganha fôlego com um estudo publicado recentemente por especialistas do Reino Unido. A pesquisa indica que as feições humanas não somente são mais seguras contra um programa automático de quebra de segurança, como também se mostram eficazes contra invasores de carne e osso, além de não caírem no esquecimento do usuário. Testes com voluntários comprovaram que o método mantém a eficiência por mais de um ano, mesmo que a pessoa nem se lembre mais da identidade do rosto escolhido para substituir o código de acesso.O sistema, chamado pelos pesquisadores de Facelock, troca os números e as letras por um conjunto de nove fotos de pessoas desconhecidas. Cabe ao usuário analisar os indivíduos apresentados e clicar naquele que parecer mais familiar. Então, outras nove fotos são apresentadas pelo computador, para que seja feita nova escolha. O processo é repetido quatro vezes, e o acesso é liberado somente para quem acertar todas as checagens. A taxa de acerto na base do chute é de apenas 0,9%.
Pesquisas mostram que as pessoas têm um talento especial para se lembrar de rostos familiares, mesmo quando a qualidade da imagem é ruim ou que o indivíduo retratado não seja um parente ou um amigo. ;Podemos facilmente identificar um rosto familiar em fotos diferentes, mesmo com mudanças no ponto de vista, na iluminação ou na expressão facial;, explica Rob Jenkins, pesquisador do Departamento de Psicologia da Universidade de York e principal autor do estudo. Esse fenômeno psicológico permite a criação de senhas inesquecíveis para o usuário, mas muito difíceis de adivinhar por um desconhecido.
Voluntários
Para testar o método, os pesquisadores pediram que 120 voluntários indicassem os nomes de personalidades pouco conhecidas, como atletas de esportes menos noticiados ou nomes consagrados de áreas muito especializadas. O importante era que o rosto da pessoa fosse memorável para o usuário, mas irreconhecível para a maioria das pessoas.
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