De 1996 a 2006, cinco companhias desenvolvedoras de games eram fundadas ao ano. Hoje, em comparação a esse período, a indústria de jogos no Brasil encontra-se em um patamar bem consolidado. Grande parte do fenômeno se deu por conta do avanço tecnológico (principalmente de 2000 para cá), que permitiu aos criadores o uso de novas técnicas - tanto na parte inicial dos projetos quanto na final, com divulgação e até possibilidade de financiamento on-line. Entretanto, segundo Censo da Indústria de Jogos Digitais, divulgado pelo BNDES, mesmo que mais empresas tenham surgido, o cenário ainda é confuso. De acordo com a pesquisa, a indústria (nacional) é composta predominantemente por pequenas e médias empresas.
Das 133 companhias ouvidas, as consideradas microempresas (com faturamento de até R$ 240 mil) são maioria, ocupando 74,40% - o equivalente a 93 firmas. São 27 as com faturamento maior que R$ 240 mil e menor que R$ 2,4 milhões, o proporcional a 21,6% dos entrevistados. Apenas cinco são consideradas pequenas (acima de R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões), o que é igual a 4% do conjunto.
[SAIBAMAIS]No total de 113 companhias, a maior concentração está na capital paulista, que abriga 36,24% (54 marcas). Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco seguem como os estados que mais têm desenvolvedoras de games no país.
O DF ocupa a sétima posição na tabela, com sete empresas de games. Uma delas é a Behold Studios, fundada por Saulo Camarotti. O desenvolvedor, que também é especialista na área de games, explica por que todos esses números são muito importantes para muitos dos que trabalham com games no Brasil. ;Agora temos um estudo que permite que conversemos com um investidor e temos embasamento teórico e prático de como a indústria está caminhando, o que podemos esperar nos próximos anos.;