Roberta Machado
postado em 25/07/2014 09:19
A Copa ainda não acabou. Ao menos para uma seleção muito especial de atletas, a competição mundial de futebol só termina hoje, na capital paraibana, João Pessoa. Trata-se da RoboCup, torneio voltado especialmente para jogadores robóticos. Este ano, o evento internacional foi trazido para o país do futebol, onde 4 mil engenheiros de 45 nações colocaram suas máquinas em campo. Durante cinco dias, fãs do esporte e da engenharia se uniram para torcer pelos atletas de metal, que, sobre pernas ou rodas, surpreenderam a plateia com dribles e jogadas boladas com base em pura inteligência artificial.
O trabalho de preparação dos robôs exige o desenvolvimento de sistemas independentes, capazes de fazer as máquinas se moverem por conta própria. Não há controles ou comandos, as decisões e jogadas são resultado da programação feita pelas equipes. ;Ao longo do ano desenvolvemos a programação para que eles se comportem como goleiro, como atacante ou outra posição. Lógico que temos que dar manutenção, mas viemos meio que para assistir;, conta Rafael Guedes Lang, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.
Lang coordena a equipe Warthog Robotics, que disputou a categoria pequena da RoboCup com outros quatro times do Brasil e 22 equipes estrangeiras. O time, que conta com alunos da computação, de engenharia mecânica, da elétrica e de vários outros cursos, já participou de edições anteriores da copa de robôs e é considerado um dos mais experientes entre os brasileiros. Nesta competição, no entanto, o grupo ficou para trás nas classificatórias. ;Realmente, os robôs internacionais estão com projetos muito acima dos nossos, os jogos acabam ficando sem graça;, lamenta Rafael. A grande vencedora da categoria foi a equipe da Universidade Zhejiang, na China.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.