postado em 29/07/2014 11:16
Além do sucesso do Windows 95 e do lançamento do icônico vídeogame Super Nintendo, no universo tecnológico, os anos 1990 marcaram a popularização do armazenamento de dados com os disquetes, precursores dos atuais pen-drives, que contavam com pouco mais de 720KB ; o que, hoje, não abarca nem mesmo uma única foto em boa resolução. Com o passar do tempo, a quantidade de arquivos digitais de cada usuário aumentou, assim como as formas de guardá-los: no PC, no notebook, no tablet, no smartphone, no HD externo e, claro, na nuvem, a queridinha do momento. O International Data Corporation (IDC), especializado em pesquisas na área de tecnologia, fez um levantamento no Brasil e constatou que, em 2013, os usuários acumularam 200 exabytes (ou 200 bilhões de gigabytes) de arquivos apenas na nuvem. A projeção do instituto é de que até o fim desta década (em 2020), o país chegue a 1 zettabyte, o que corresponde a 1 trilhão de gigabytes.
A empresa de consultoria Gartner também prevê que a migração de dados para a nuvem continue em crescimento. A estimativa é que até 2016, 36% de todos os arquivos pessoais estejam em cloud. Atualmente, apenas 7% estão nesse sistema de armazenamento ; a maior parte dos usuários ainda utiliza dispositivos de memória tradicionais, como PC e HD externo. Para o analista da instituição Ken Dulaney, não há problema em conciliar os dois tipos de armazenamento, em um aparelho e em cloud. ;As pessoas vão guardar (nos dispositivos) os arquivos que usam com mais frequência e, o resto, elas vão mover para a nuvem, como já têm feito. Os dois são importantes por motivos diferentes;, opina.
Segundo o gerente de Marketing da Agis, distribuidora de TI, Edson Bucci, a nuvem é um caminho sem volta. ;Como vivemos o fenômeno Wi-Fi em meados dos anos 2000, este cenário tecnológico de produtos e soluções na nuvem já está se consolidando. Prova disso são as novas opções de licenciamento que a Microsoft começa a oferecer na nuvem;, aponta.
Quem aderiu ao cloud e está satisfeito com o serviço é o arquiteto Ignácio Nascimento, 30 anos, que utiliza esse tipo de armazenamento, principalmente, para guardar fotos. ;Quando eu tinha iPhone, usava o iCloud, mas agora, que tenho um celular Android com uma câmera mais potente, uso o Google Drive na sincronização de dados, que oferece 2GB gratuitamente, o que, até o momento, é suficiente para mim. Quando não der mais, penso em comprar mais espaço;, conta. As imagens que ele captura no smartphone vão direto para a nuvem ; onde não há risco de se perder.
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