Tecnologia

Criadores de sites de petições tentam manter o sistema mais seguro

Os abaixo-assinados feitos na internet, embora se tornem bastante populares, não garantem a autenticidade das assinaturas e não têm valor legal

postado em 05/08/2014 08:34
Em junho de 2013, período marcado por diversos protestos nas ruas de dezenas de cidades brasileiras, era comum ouvir especialistas e mesmo cidadãos comuns comentando que os jovens decidiram sair dos computadores e manifestar ;de verdade;. Entretanto, não é porque os locais públicos se encheram que a internet esvaziou. Pelo contrário. No caso das petições on-line, por exemplo, o número de usuários não parou de crescer.

O brasiliense Ivens Rocha decidiu, em 2009, criar o próprio site de petições on-line: iniciativa motivada por denúncias de corrupção no Senado
Um exemplo recente é o abaixo-assinado CBF, democratize o seu estatuto já, que demanda a reformulação do futebol brasileiro e ganhou destaque após a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 X 1. O protesto, organizado pelo Bom Senso FC, grupo que reúne jogadores interessados na reformulação do calendário brasileiro e na estrutura das federações estaduais, ganhou, até o momento, mais de 75 mil assinaturas.



[SAIBAMAIS]Esse tipo de mobilização não tem valor jurídico - e não pode se tornar, por si só, um projeto de lei. Ainda assim, a advogada especialista em direito digital Elisa Mombelli lembra que elas podem, sim, servir como sugestão para os parlamentares. ;O que pega é a questão da segurança, pois as petições não garantem a autenticidade das assinaturas;, esclarece.

Pensando nisso, o brasiliense Ivens Rocha, anos, decidiu criar o próprio site de petições on-line em 2009: o Eu Concordo. Na época, ele estava no último ano de Ciência da Computação e o Senado estava em evidência por casos de corrupção, com dezenas de abaixo-assinados até mesmo pedindo impeachment do presidente da casa. ;Meu irmão me questionou ;será que não existiria uma forma mais segura de assinar um abaixo-assinado online?;. Pois já existiam vários sites oferecendo o serviço, mas não havia uma plataforma onde nos sentíamos seguros;, explica.

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