Tecnologia

Novo curativo tecnológico poderá dimunuir o risco de infecções em hospitais

O candidato à vaga é um nanomaterial ultrafino que consegue proteger feridas, especialmente queimaduras

Vilhena Soares
postado em 11/08/2014 09:08
Esparadrapos e gazes podem em breve ser aposentados, dando lugar a um novo curativo tecnológico. O candidato à vaga é um nanomaterial ultrafino que consegue proteger feridas, especialmente queimaduras, diminuindo consideravelmente o risco de infecções, comuns em ambientes hospitalares. A nanofolha desenvolvida por cientistas japoneses foi apresentada durante o 248; Encontro da Sociedade Americana de Química, evento que teve início no fim de semana em São Francisco (EUA). O material foi testado em ratos com sucesso e, segundo seus criadores, pode também acelerar o processo de cicatrização.

O principal objetivo do projeto era criar um produto que se adaptasse bem a superfícies mais rugosas, um entrave para os curativos existentes hoje. ;Eu estava colaborando com um médico cuja especialidade é o tratamento de queimados, e ele me disse que alguns curativos são do tipo ;folha; e têm sido usados clinicamente para esses pacientes com queimaduras. No entanto, muitas vezes é difícil embrulhar a queimadura completamente devido à área irregular, com curvas e rugas;, explica Yosuke Okamura, um dos autores do trabalho e professor do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Tokai.

Para superar esse problema, Okamura e sua equipe resolveram projetar um novo material, usando como base trabalhos anteriores. ;Nós havíamos desenvolvido filmes ultrafinos em 2009. No entanto, eles ainda não eram suficientemente finos para se adequarem a superfícies irregulares e acidentadas. Então, nós começamos a pesquisa sobre nanofolhas fragmentadas;, conta o pesquisador.

O novo material é uma mistura de água e ácido lático



Para desenvolver o material os cientistas utilizaram um ácido lático chamado de póli, polímero biodegradável muito utilizado em suturas. O material foi agitado com água em uma espécie de tubo de ensaio até os dois se misturarem. Ao colocar o material para secar, os cientistas obtiveram as nanofolhas, formadas pela sobreposição das duas substâncias.

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