postado em 12/08/2014 09:24
Controlar os gastos pode ser difícil, chato ou demorado - ou as três opções. Não é à toa que 63% das famílias do Distrito Federal estão endividadas, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O número, por si só, não é alarmante: se você está pagando qualquer compra a prazo, prestação da casa ou do computador novo, entra na categoria. O problema é que, segundo a instituição, uma em cada cinco famílias está com dívidas atrasadas, e 6,6% não terão condições de quitar os pagamentos.Para tanta gente perdendo o controle das contas, a tecnologia pode se mostrar um forte aliado. O que não faltam são aplicativos e sites que funcionam com a mesma estratégia do velho bloquinho, de anotar tudo o que se consome e ter uma noção maior dos gastos. A diferença é que, agora, os programas dividem em categorias e criam gráficos de modo automático, a fim de elucidar ao devedor a como gastar melhor o ordenado. Outros serviços, ainda, prometem automatizar todo o processo, analisando a conta bancária do usuário, sem que ele precise discriminar cada despesa. As plataformas são um sucesso: os sites de ferramentas financeiras atraíram 5,2 milhões de usuários em junho, segundo levantamento do Ibope, e os apps da categoria estão entre os mais baixados do mundo.
Entretanto, especialistas ouvidos pelo Correio pedem cuidado com esse tipo de ferramenta. Segundo o educador financeiro Álvaro Modernel, mais do que controlar rigidamente os gastos utilizando aplicativos, é necessário alterar toda a postura com relação ao dinheiro. "O controle, por natureza, é uma coisa que agride o ser humano. Ninguém gosta de ser controlado. Mas, quando você muda a postura e as atitudes, naturalmente vai ter uma compreensão melhor das finanças."