postado em 16/09/2014 12:39
Cartagena (Colômbia) ; De usuários comuns aos arquivos particulares de governos, a informação ; mesmo aquela aparentemente pouco interessante ; está na mira de invasores do mundo virtual. Paralelo ao avanço das novas tecnologias, em especial as vestíveis, e o aperfeiçoamento de novas técnicas e malwares, a exposição na nuvem é maior, mas a proteção ainda é desproporcional. Esse é o alerta que a Kaspersky Lab, empresa russa de soluções de segurança para internet, fez em seu 4; Cúpula Latino-Americana de Analistas de Segurança, em Cartagena, na Colômbia. Embora vulneráveis na rede, os usuários ; em diferentes níveis ; ainda não sabem como se proteger dos ataques à privacidade de maneira eficiente.
Em 2014, segundo a empresa, cresceu significamente o número de ameaças dos cibercriminosos com fim de espionagem doméstica e econômica. O alvo, nesses casos, nem sempre é o roubo direto de dinheiro, mas de informações que levam a vantagens econômicas ou não. São exemplos os famosos vazamentos de vídeos e fotos íntimas. ;Um dispositivo malware entra e comanda a câmera do aparelho, gravando sem que o usuário saiba;, pontua Roberto Martinez, analista de segurança, sobre um dos meios de invasão, que para funcionar basta um clique errado.
Outras informações que, à primeira vista, parecem pouco interessantes a terceiros também estão na mira nos invasores. Sinais vitais, rotina de exercícios e ritmos de sono são novos vetores de ciberespionagem, que se acentuam com a chegada de tecnologias vestíveis. ;É lucrativo vender, porque tem quem pague para ter informações pessoais;, destaca Martinez.
A lógica é simples. Conhecimentos específicos sobre usuários é uma maneira eficaz de aperfeiçoar produtos e, por consequência, oferecê-los com atratividade no mercado. Quando o usuário ativa um dispositivo no pulso, como o uso de relógios inteligentes, ou deixa a mostra o que está ao alcance dos olhos, no caso do Google Glass, aumenta a vulnerabilidade quanto à rotina e ao estilo de vida.
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