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Dos antigos moinhos aos modernos coletores de energia eólica, há inúmeras formas de aproveitar a energia dos ventos ; e parece que essa fonte natural continua se renovando e inspirando os cientistas. Foi nesse conceito milenar que pesquisadores sul-coreanos encontraram uma ideia para criar um novo tipo de gerador de eletricidade. Em vez das grandes pás que estamos acostumados a ver nos equipamentos em formato de cata-vento, os cientistas usaram uma pequena bandeira que pode ser usada presa ao chão ou até mesmo sobre um automóvel em movimento.
A invenção foi descrita na edição de hoje da revista científica Nature Communications. O sistema usa um princípio dos chamados materiais triboelétricos, que geram corrente quando sofrem atrito. ;Um gerador triboelétrico é um dos sistemas de conversão de energia mais promissores devido ao baixo custo, às formas simples de fabricação e à possibilidade de energia de alta densidade;, ressaltam os pesquisadores no artigo. ;É uma tecnologia promissora para fazer funcionar dispositivos eletrônicos em ambientes externos de uma maneira sustentável.;
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O fenômeno triboelétrico é o mesmo observado em um balão que, esfregado em um tecido, fica carregado de eletricidade estática. No caso desse dispositivo, o papel do balão é cumprido por uma placa de teflon. O tecido ganha uma versão mais eficiente, coberta por uma película de ouro, que tem altíssimo potencial elétrico. Ao ser exposta a uma corrente de ar paralela à placa, a bandeira passa a abanar. Nesse movimento, entra em contato e se separa da estrutura de teflon repetidamente. Esse padrão gera a eletricidade.
;A cada contato, de maneira semelhante ao que acontece quando um pente é eletrizado por atrito ao ser esfregado por um pano, elétrons são transferidos da bandeira para a placa, e, quando há a separação, aparece uma diferença de potencial entre os dois elementos do dispositivo, que pode ser aproveitada para carregar um dispositivo eletrônico, por exemplo;, ensina Jürgen Stilck, professor do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Eletrodos conectados aos dois lados encarregam-se de tentar igualar as cargas do tecido e do teflon, liberando energia. Quando o processo se repete continuamente, como ocorre com um pedaço de pano que tremula ao vento, há geração de uma corrente alternada.
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