Tecnologia

Rápido crescimento da nova rede social pode desbancar o Facebook

A criação de Mark Zuckerberg pode perder até 80% dos usuários até 2017. Analistas, contudo, acreditam que é muito cedo para prever o resultado dessa batalha on-line

Paula Takahashi
postado em 15/10/2014 08:30
Belo Horizonte ; O barulho provocado pela Ello ; rede social lançada recentemente com direito a manifesto e 40 mil solicitações de convite por hora ; gerou a sensação de que a hegemonia do Facebook pode estar ameaçada. Muitos se adiantaram e elegeram a iniciante como a próxima sensação da internet, e estimativas apontaram que o serviço criado por Mark Zuckerberg pode perder até 80% dos usuários até 2017, à semelhança do que ocorreu com o recém-extinto Orkut. Mas será que uma revolução on-line de fato foi iniciada? Analistas garantem que ainda é muito cedo para destronar o gigante do Vale do Silício e colocar em seu lugar o estreante de Vermont.

A criação de Mark Zuckerberg pode perder até 80% dos usuários até 2017. Analistas, contudo, acreditam que é muito cedo para prever o resultado dessa batalha on-line
;As pessoas vão para onde os amigos estão. Se quem elas conhecem e seguem estiver na Ello, elas migrarão para lá. Mas só o tempo vai dizer se isso ocorrerá;, afirma Grazielle Mendes Rangel, coordenadora do curso de redes sociais do Ibmec. As dúvidas em torno da perenidade da Ello têm motivo. A começar pelo fato de ainda estar em beta (fase de desenvolvimento e testes) e carecer de uma série de ajustes até que se aproxime dos anseios do público. A enxurrada de usuários que está recebendo neste momento pode comprometer a permanência de quem não teve uma primeira impressão positiva da ferramenta, mesmo sabendo que ela ainda pode melhorar bastante.



A analista de redes sociais Raiane Oliveira acha que a nova rede vai atrair designers e artistas
;Essa fase inicial é de muita curiosidade, e as pessoas vão entrando. Mas, depois, vai ficar muito perfil morto;, prevê o analista de mídias sociais Anderson Araujo. Toda essa curiosidade foi atiçada pelo manifesto apresentado pelos criadores da nova rede, que ganhou mais visibilidade depois que o Facebook anunciou que só aceitaria nomes verdadeiros no cadastro de usuários. O texto de apresentação da Ello começa categórico: ;Sua rede social é propriedade de anunciantes;, em referência ao site de Zuckerberg. Além de condenar o bombardeio de propagandas, critica a manipulação e a coação às quais o usuário está sujeito. E termina de forma enfática: ;Você não é um produto; (leia no quadro).

Em breve
O que a Ello planeja oferecer:
- Introdução do botão love, com a mesma função do curtir, do Facebook
- Monetização a partir da venda de recursos para personalização da página. Dessa forma, surgiriam usuários premium, com mais benefícios que os demais. Os valores devem variar entre US$ 1 e US$ 2 e serão vendidos como ocorre com aplicativos
- Bloqueio de usuários
- Central de notificações
- Integração com outras redes sociais, como Instagram e YouTube

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