postado em 28/10/2014 10:16

No último domingo, milhões de brasileiros foram novamente às urnas para votar nos candidatos que concorriam ao segundo turno das eleições. Há quem tenha saído das cabines com a sensação de dever cumprido, mas a maioria dos eleitores acredita que os poucos segundos diante da urna não são o suficiente para que a população tenha voz na política brasileira.
Em meio a uma pressão crescente para maior participação política da sociedade civil, uma ferramenta tem a possibilidade de ampliar o contato entre governantes e população: a tecnologia. É o que acredita o Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), Sérgio Seabra. ;A tecnologia da informação amplia o acesso da população às informações do governo, quebra fronteiras geográficas, permitindo a fiscalização seja de onde for.;
E a principal arma para o cidadão, segundo Seabra, é a informação. Desde 2004, a CGU, um dos órgãos responsáveis pela fiscalização das ações de entidades públicas federais, gerencia o Portal da Transparência, site no qual são disponibilizadas informações referentes ao governo nacional, como despesas, receitas e repasses de verbas. Em 2009, a divulgação de dados governamentais na internet se tornou lei. Assim, atualmente, todos os órgãos públicos são obrigados a manter um site de transparência para que qualquer cidadão possa acessar dados diversos.
Participação
Apesar dos avanços, o pesquisador do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília Marcello Cavalcanti Barra considera que ainda há barreiras para que a tecnologia se torne uma ferramenta eficaz contra a corrupção. ;Os portais de transparência são limitados. Boa parte das informações não estão claras para os usuários. É preciso fazer requerimentos, que nem sempre são atendidos. Outra questão é que a tecnologia tem sido usada para a fiscalização póstuma, quando o grande potencial dela está no envolvimento da população em projetos, como dos orçamentos públicos. É necessário que o acesso do cidadão aos programas do governo seja uma política pública.;

AKAN
Plataforma: iOS
Aplicativo para fiscalizar os gastos feitos pelos diversos parlamentares em atuação no governo. É possível conferir quanto gastaram com telefonia, escritório, combustível, entre outros, visualizar os dados em forma de gráfico e compartilhar as informações sobre determinado político no Facebook.

Eu, eleitor
Plataforma: iOS
O Eu, Eleitor foi criado para aqueles que têm dificuldade em lembrar em quais candidatos votaram nas eleições passadas. Com ele, o usuário registra os políticos que escolheu no pleito e guarda as informações sobre eles, para que possam acompanhar constantemente o trabalho e fazer cobranças sobre a atuação dos parlamentares.

Política de Boteco
Plataformas: Android e iOS
Permite visualizar de forma simples os projetos de lei considerados mais polêmicos em tramitação e dá a possibilidade ao usuário de opinar sobre eles, com a opção de votar sim ou não. O aplicativo envia um relatório mensal aos senadores e deputados com o feedback dos internautas.
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