Pesquisadores desenvolveram um dispositivo que permite que uma pessoa controle funções do organismo com a força do pensamento. A invenção de cientistas europeus consiste em um implante de luz LED conectado via bluetooth a um equipamento de leitura de ondas cerebrais. Ela foi testada em rato de laboratório cujo corpo produzia proteínas quando um voluntário enviava o comando mental à antena instalada no animal. A pesquisa pode ajudar pacientes que não conseguem falar ou se mover a administrar o próprio tratamento para dores, além de auxiliar no contro-le da epilepsia.
O dispositivo, descrito na revista Nature Communications de hoje, funciona por meio de um conjunto de genes fotossensíveis desenvolvidos em laboratório. O trabalho baseia-se em uma técnica que se tornou muito popular nos últimos anos, a optogenética: a combinação do estudo da luz com a bioengenharia. Os genes são adaptados pelos cientistas para reagir a determinado espectro, como um tipo de ;gatilho; óptico. No caso desse trabalho, foram feitos para produzir proteínas quando expostos à radiação infravermelha próxima.
O implante inserido no rato tinha um pequeno compartimento semipermeável, por onde o material genético artificial podia interagir com o organismo dos animais. Ligado a ele, uma pequena lâmpada LED e uma antena se comunicavam com um gerador de campo, que, por sua vez, recebia o sinal enviado pelo usuário por meio de um microcontrole transmissor. O equipamento inserido no bicho não é maior do que uma moeda, e a ativação dele pôde ser vista através da pele do rato.
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