Roberta Machado
postado em 17/11/2014 08:00
As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de São Paulo são eficientes como abelhas que sabem exatamente qual caminho tomar em direção à sua colmeia. Um sistema de logística inspirado nos insetos reduziu o tempo de atendimento da rede de mais de 30 minutos para 10, sem gastar qualquer recurso ou adicionar mais veículos à frota. O trabalho é fruto de uma pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), onde o modelo matemático que acelerou o serviço de urgência da maior cidade do país foi desenvolvido.O estudo considerou todas as variáveis envolvidas na difícil missão de atravessar o trânsito caótico da metrópole sob um tempo cronometrado. Além do tráfego, os pesquisadores consideraram a necessidade variável de ambulâncias em cada região de acordo com o horário, e planejaram a implementação de bases móveis. ;A saída mais óbvia para reduzir o tempo de atendimento seria a aquisição de mais ambulâncias, mas havia dúvida se isso realmente resolveria o problema e qual o número ótimo de ambulâncias;, explica o professor Cláudio Barbieri da Cunha, do Departamento de Engenharia de Transportes da Poli.
A primeira medida tomada pelos pesquisadores foi organizar a frota de mais de 140 ambulâncias que já estava à disposição do Samu, antes de determinar se mais veículos seriam necessários. O grupo estudou a possibilidade de que as próprias bases de onde partiam os carros não estivessem bem posicionadas, o que poderia prejudicar o tempo de atendimento em determinadas regiões. Os pesquisadores analisaram dados de trânsito e epidemiológicos da cidade de São Paulo, além da complexidade do deslocamento de uma ambulância.
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