postado em 24/11/2014 18:40
A Black Friday ocorre nesta sexta-feira (28/11) e milhares de compradores já estão ansiosos pelo maior dia de liquidações em todo o mundo. Aproveitando a onda de consumo, perfis falsos de grandes empresas têm sido criados para atrair mais seguidores em redes sociais. Após atingir elevado número de pessoas acompanhando o perfil, eles costumam ser vendidos para outras empresas ou usuários que desejam ter milhares de seguidores na conta.
Quem tem Instagram já deve ter visto amigos compartilhando screenshots - os prints em smartphones - de outros perfis da rede, com a promessa de descontos para os primeiros seguidores. Ao contrário do que se acredita, os perfis são falsos e não possuem nenhuma ligação com as empresas.
Um dos perfis falsos da Gol Linhas Aéreas para o Black Friday, por exemplo, promete que os 30 mil primeiros seguidores ganharão 80% de desconto em pacotes de viagens. A conta foi ativada em 22 de novembro e já conta com 27,7 mil seguidores que esperam ser beneficiado nesta sexta-feira. A companhia, no entanto, informou que o perfil não é de sua autoria e que não está promovendo nenhuma oferta para a Black Friday. "A Gol alerta seus clientes a não clicarem em mensagens que não sejam postadas nos canais oficiais", disse em nota.
A advogada especialista em Direito Digital Gisele Truzzi alerta que os consumidores devem ficar atentos às páginas oficiais das empresas, tanto o site, quanto as redes sociais para se informar sobre promoções. Páginas com nomes diferentes ou baixo número de publicações pode ser um indicativo de que ela é falsa.
A maioria dos perfis não oferece nenhum prejuízo financeiro aos usuários da rede, apenas pede que o perfil seja compartilhado e a marcação de amigos nas fotos; mas as pessoas que se sentirem prejudicadas podem entrar em contato com o Instagram e o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon). A advogada recomenda também que o consumidor entre em contato com a empresa oficial para colaborar com o processo.
Para as empresas o prejuízo é a violação do direito autoral, já que o nome e a logomarca dela foram usados para conseguir seguidores. A marca pode denunciar a rede social e tomar medidas oficiais na Justiça em relação aos perfis fakes. "É possível identificar quem criou o perfil, mas precisa de um processo contra a rede para fornecer os dados de conexão do usuário", ressalta Gisele.