Tecnologia

Cientistas criam bateria potente mais fina que um fio de cabelo

O dispositivo mantém quase toda a capacidade mesmo depois de ser usado mil vezes. O invento pode ajudar a reduzir o tamanho de peças eletrônicas

Roberta Machado
postado em 10/12/2014 09:15
Pesquisadores norte-americanos criaram uma bateria tão pequena que seriam necessárias milhares delas para compará-las a um único grão de areia. A invenção, descrita recentemente na revista Nature Nanotechnology, consiste em um nanoporo 80 mil vezes mais fino que um fio de cabelo. O dispositivo combina, numa única estrutura, todos os componentes de uma bateria comum e pode ser fabricado em série sobre uma mesma superfície para a obtenção de um equipamento mais robusto e de funcionamento ultraeficiente.

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A bateria é produzida em uma folha de cerâmica porosa. A série de furos que cobre o material é tão pequena que não pode ser vista a olho nu, mas cada um deles é feito com extrema precisão. Esses espaços minúsculos recebem nanotubos, peças que atuam como os eletrodos do dispositivo. A carga elétrica é conduzida por um eletrólito líquido que preenche o restante do espaço. O processo é repetido em cada uma das reentrâncias, que, juntas, funcionam como uma única pilha.

Geralmente, esses geradores de energia são fabricados em etapas. O polo positivo é feito em um substrato, o negativo, em outro. Os dois lados são separados por um filme de polímero, mergulhados no eletrólito e, então, colocados em um recipiente. A pilha nanométrica funciona como um modelo tradicional de íon-lítio, mas tem uma estrutura muito mais simples. Ela é feita a partir de um método de deposição de camadas atômicas, o que permite que todos os componentes sejam precisamente produzidos em um único molde.



;Parte da vantagem desse design é que ele não requer todas as partes separadas. Em vez disso, é fabricado nessa folha de cerâmica, que serve de substrato para manter o cátodo e o ânodo, mas também serve como separador, para mantê-los afastados, e contém o eletrólito;, descreve Eleanor Gillette, pesquisadora da Universidade de Maryland e coautora da pesquisa.

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