Vilhena Soares
postado em 16/02/2015 07:13
A preocupação com a água que assola o país inquieta cientistas há tempos. Nos laboratórios, buscam soluções que variam do controle do desperdício à despoluição. É o caso de um dispositivo criado na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Durante o mestrado, Rodrigo Reigota César desenvolveu um aparelho portátil capaz de identificar a quantidade de chumbo na água, um dos grandes problemas ambientais da modernidade e um risco à saúde humana.
;O chumbo foi amplamente utilizado na construção de canos de esgoto, para a fabricação de baterias, cabos elétricos e blindagem na indústria nuclear. Com o passar dos anos, esse metal pesado foi substituído e descartado; muitas vezes, de maneira incorreta, contaminando o solo, e, consequentemente, lagos e rios;, explica Reigota.
O cientista chama atenção para o fato de o equipamento poder ser usado em lugares distantes, facilitando a identificação de impurezas da água mesmo em regiões de acesso dificultado. ;A grande vantagem desse dispositivo é que ele poderá ir a campo, na área da possível contaminação, lago, mar, rio ou solo. Dessa maneira, teríamos um resultado imediato;, completa Reigota, que, agora, no doutorado, trabalho no aperfeiçoamento desse transistor de efeito de campo sensível a íon (Isfet, pela sigla em inglês)
Os Isfet são usados nas áreas química e biológica para, por exemplo, a realização de diagnósticos médicos. A partir de um Isfet capaz de identificar cátions e ânions em água, Reigota criou uma versão seletiva para chumbo. ;Realizei um estudo do estado da arte e do funcionamento desse dispositivo, detalhando todo o processo de fabricação, bem como a caracterização estrutural e elétrica. Ele pode ser aplicado para detecção de pH (indicador de acidez, neutralidade ou alcalinidade) e concentrações de chumbo na água;, detalhou, em entrevista ao Jornal da Unicamp.
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