Como era de se esperar, a Apple apresentou oficialmente o relógio inteligente da empresa, o Apple Watch. Na apresentação, Tim Cook, CEO da empresa, trouxe as principais funções do aparelho, a começar, claro, pelas horas. Segundo o executivo, o sistema do Watch estará no máximo 50 milisegundos diferente dos horários oficiais e se adaptará ao horário local. Em relação a interface, o visual poderá ser personalizado, sendo oferecidos diversos modos de exibição.
Em seguida, foram mostrados os recursos possíveis com a sincronização com o iPhone. Com o relógio inteligente será possível conferir o clima, controlar o player de música, receber notificações de aplicativos diversos por meio de uma sutil vibração, atender ou cancelar ligações telefônicas, enviar um toque do coração para alguém que também tenha o Watch, entre outras atividades.
Outro ponto ressaltado foram os programas voltados para a saúde. Todo domingo, por exemplo, o Watch sugerirá uma atividade de acordo com o que o usuário fez na semana seguinte, motivando-o a praticar exercícios. Os sensores e os apps, como o Workout, permitirão também um monitoramento mais detalhados de atividades físicas, com distâncias, velocidades, entre outros dados precisos.
Demais funções do iPhone poderão ser usadas no Watch, como notificações de jornais, redes sociais etc. Aplicativos como Uber, Instagram, Shazam e WeChat também poderão ser utilizados diretamente no relógio. O programa de comando de voz Siri é outro recurso que poderá ser usado, além do serviço de pagamento digital ApplePay.
Para se comunicar com o iPhone, o Watch poderá ser conectado tanto via Bluetooth quanto por wi-fi. Além disso, um aplicativo próprio já está dispomível na App Store. Segundo o executivo Kevin Lynch, a bateria do Watch durará até 18 horas de acordo com o uso do aparelho. E para carregá-la será usado um um cabo que se prenderá ao corpo do relógio por meio de atração magnética.
Como já apresentado anteriormente, o relógio inteligente virá em três linhas; Watch, com caixa de aço e pulseiras variadas; Sport, com corpo de alumínio e pulseira emborrachada; e Edition, com caixa revestida de ouro 18 quilates. E cada uma delas conta com dois tamanhos: 38mm e 42mm
Tim Cook afirmou que o smartwatch chega às lojas americanas em 10 de abril. A versão tradicional do Watch custará de US$ 549 (R$ 1.710, na cotação de hoje) a US$ 1.049 (R$ 3.262) na versão 38mm e de US$ 599 (R$ 1.862) a US$ 1.099 (R$ 3.417) no modelo 42mm . Já a linha Sport sai a partir de US$ 349 (R$ 1.085) . Por fim, o modelo Edition poderá ser comprado a partir de US$ 10 mil (R$ 31,1 mil). Sim, US$ 10 mil.
Outros nove países receberão o Watch em 24 de abril. Porém, o Brasil não está nessa lista.
Apple TV
Apesar do Watch ter sido a estrela do evento, a primeira novidade apresentada por Cook foi a parceria com o canal HBO, que estará presente na Apple TV, incluindo séries renomadas da emissora, como Game of Throne. O serviço será gratuito no primeiro mês e depois custará US$ 14,99 por mês. Porém, a novidade, por enquanto, estará disponível apenas no mercado dos Estados Unidos. Para conquistar ainda mais assinantes, Cook anunciou uma promoção da Apple TV, de US$ 99 (R$ 307) por US$ 69 (R$ 214).
iPhone 6
Algumas novidades em relação ao iPhone 6 também foram mostradas. Entre elas estão os avanços do ApplePay, serviço de pagamento digital da marca. Segundo Cook, mais de 2,5 mil bancos já aceitam pagamentos com o smartphone e, em breve, até mesmo máquinas de refrigerante vão contar com o serviço.
Outro ponto ressaltado foram os aplicativos de saúde. Chamado de HealthKit, a plataforma conta com mais de 900 apps relacionados a saúde. Mas a novidade foi o software ResearchKit, que permite a criação de programas feitos para pesquisas médicas, com o intuito de fortalcer estudos sobre diversas doenças.
Durante a apresentação um exemplo dado foi o aplicativo mPower, que possiblita a avaliação de pacientes de Parkinson. Para os mais preocupados com a privacidade, os executivos deixaram claro que as informações dos pacientes só serão divulgadas caso eles desejem, e a Apple não terá acesso a qualquer dado pessoal.
O ResearchKit estará disponível para todos os usuários no próximo mês. E os primeiros cinco aplicativos da plataforma serão lançandos juntos com o kit.
MacBooks
Segundo Cook, a próxima linha Mac será a mais poderosa da história. Enquanto o mercado de PCs retrocedeu no último ano, a Apple conseguiu emplacar um crescimento nas vendas de computadores e notebooks. O primeiro lançamento apresentado foi o novo MacBook. Por fora, o notebook conseguiu ficar 24% mais fino que a última linha ,chegando a 13,1mm de espessura e apenas 400 gramas de peso. Mesmo assim, o teclado foi redesenhado, com teclas maiores e mais estáveis, além de contar com um led embaixo de cada letra para o uso em ambientes escuros.
A tela de 12 polegadas contará com a tecnologia Retina, mas com melhorias no aproveitamento de LEDs que economizará até 30% da bateria em relação aos displays das versões anteriores. Outra novidade é o trackpad que agora sentirá diferenças de pressão no toque. Assim, será possível habilitar funções alterando a força ao pressionar o trackpad. Apertando com força sobre uma palavra, por exemplo, o usuário poderá consultar aquele termo no Wikipedia.
Para economizar espaço, o novo MacBook será o primeiro sem ventilação com pequenas hélices. Um outro sistema para resfriamento será usado, tornando o dispositivo mais leve e silencioso. Por dentro, o MacBook contará com o procesador Intel Core M e uma bateria feita sob medida que, segundo a apresentação, durará mais de 9 horas em uso.
Por fim, a porta USB-C permitirá a conexão com até cinco tipos de entrada, incluindo HDMI, USB e VGA. A nova linha estará disponível a partir de 10 de abril. A versão de 1,1GHz e 256GB de armazenamento sairá por US$ 1.299 (R$ 4.039). Já o modelo de 1,2GHz e 512GB de espaço interno custará US$ 1.599 (R$ 4.972).