Para ser pai ou mãe hoje em dia é preciso estar antenado com as novidades da tecnologia. Afinal, os jovens estão cada vez mais conectados e smartphones, tablets e computadores fazem parte do cotidiano deles.
[SAIBAMAIS]Entre os aplicativos que tem ganhado muitos adeptos dessa faixa etária está o Snapchat. Para quem não conhece, o app permite a troca de fotos e vídeos entre os usuários. Mas a principal diferença em relação a outros programas de trocas de mensagens é que o conteúdo enviado só pode ser visto por no máximo 10 segundos antes de ser destruído. E se o destinatário usar o recurso de salvar a tela, disponível em basicamente todos os smartphones, o remetente é alertado.
O funcionamento é bastante interessante, pois normalmente vemos uma foto ou vídeo de um amigo apenas uma vez mesmo. Assim, as imagens recebidas não ocupam espaço e não é preciso ficar apagando os arquivos depois.
Entretanto, há um lado um pouco perigoso também, pois a possibilidade de enviar e receber mensagens que se autodestroem passa uma falsa sensação de segurança para os jovens, como se pudessem enviar mensagens com qualquer conteúdo sem deixar rastros de comportamentos inadequados.
Para alertar sobre as condutas de risco, a equipe do Snapchat criou um guia, disponível no site oficial do aplicativo, voltado para pais e professores. Entre os pontos reforçados no guia está o diálogo entre pais e filhos. "Como pais, é importante manter a comunicação com os seus filhos tão aberta quanto possível e trabalhar juntos para descobrir o que é apropriado para eles em termos de segurança, privacidade, reputação e gestão do tempo. Isso geralmente funciona melhor - com interesse genuíno , não usando o medo - pois eles estarão mais propensos a vir até você quando precisarem de ajuda", descreve o documento.
Além da conversa, algumas dicas técnicas também são dadas. A principal é restringir o acesso aos conteúdos recebidos e enviados. No menu de configurações do app é possível selecionar que apenas amigos possam enviar e receber as imagens. Dessa maneira, evita-se o assédio de estranhos pelo serviço. Em caso de abusos ou uso inadequado de outros usuários, pode-se bloquear o contato.
Vale também ressaltar que, apesar das imagens se autodestruirem, quem recebe as fotos pode salvá-las com a captura de tela. O remetente recebe um aviso quando isso acontece, mas não há muito mais o que fazer. Além disso, já houve casos de hackers que conseguem interceptar as comunicações e ter acesso aos arquivos mandados. Ou seja, é essencial esclarecer os jovens sobre o tipo de conteúdo a ser enviado.