Tecnologia

Americanos criam mini robôs que transportam cargas mais pesadas do que eles

No futuro, a tecnologia poderá ser aplicada em fábricas e operações de resgate

Roberta Machado
postado em 20/05/2015 06:13

O Microtug em ação: apesar de pesar apenas 12g, a pequena máquina consegue arrastar até 24kg

Tamanho não é mesmo documento ; ao menos para os robôs. Minúsculas máquinas construídas por engenheiros mecânicos da Universidade de Stanford, na Califórnia, podem transportar cargas centenas de vezes mais pesadas do que elas. Os dispositivos superfortes têm inspiração nas habilidades notáveis de locomoção do reino animal e são produzidos a um custo baixo. Os robôs trabalhadores, que estão em desenvolvimento há quase uma década, serão apresentados em breve na Conferência Internacional de Robótica e Automação, que ocorre de 26 a 30 deste mês em Seattle.

Um dos modelos criados pelos pesquisadores norte-americanos têm apenas 9g, mas pode içar mais de 1kg parede acima. É o equivalente a um ser humano subir um prédio carregando um elefante. Outro pequeno robô escalador pesa apenas 20mg, mas pode transportar 500mg, uma carga 25 vezes maior do que a própria massa. A máquina é tão pequena que teve de ser construída sob um microscópio, com a ajuda de uma pinça.

A façanha mais impressionante, no entanto, vem de um robô apelidado de Microtug. Embora pese apenas 12g, ele pode arrastar, com a ajuda de um cabo, um peso 2 mil vezes maior que o dele. A força pode ser comparada, de acordo com os criadores do dispositivo, à de uma pessoa capaz de puxar uma baleia-azul sozinha. Embora as máquinas se saiam melhor em superfícies lisas, como o vidro, alguns modelos apresentaram bons resultados também em materiais mais ásperos, como tijolo ou cimento.

O segredo para a força das pequenas máquinas não está em nenhum tipo de músculo artificial. Os robôs dependem dos poderosos adesivos que têm sob os pés. O design autocolante imita os pés de lagartixas e é coberto de espinhos de borracha. Assim como nas patas do bicho, as estruturas artificiais se firmam na superfície a cada passo do robô, permitindo que ele se mantenha fixo no solo ou até mesmo em uma parede. Quando a pressão é aplicada, as pontas flexíveis se dobram, aumentando a área de contato, o que prende a máquina com mais força. Quando o robô levanta o pé, as cerdas voltam a se endireitar e descolam facilmente do chão.

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