postado em 22/06/2015 19:00
"Bem vindo à DogHero e dê adeus às gaiolas", essa é a premissa de um site que pretende facilitar a hospedagem de cães em casas de famílias quando os donos dos pets precisam passar alguns dias fora e não tiverem com quem deixar os melhores amigos. O DogHero surgiu em 2014 e já conta com mais de mil anfitriões ; pessoas dispostas a cuidar de outros cães na própria casa ; em todo o país. O serviço é uma alternativa para quem não gosta de canis e hoteizinhos para cachorros. O site funciona como os convencionais portais de hospedagem. Basta informar o período e o bairro em que o canino ficará hospedado e logo surge uma lista com os anfitriões e os preços cobrados. A ideia é de Eduardo Baer, que percebeu que não podia ter um animal de estimação devido às constantes viagens com a esposa, até o dia em encontrou o amigo Fernando Gadotti em um curso nos Estados Unidos e os dois resolveram fundar a empresa.
;Os serviços que o mercado oferece são caros e impessoais. Vi que poderia melhorar a vida de todos os envolvidos, principalmente a do cachorrinho, ao oferecer um serviço afetuoso de hospedagem temporária;, afirma Baer. O próprio site indica a média de preço cobrado por localidade. Os valores costumam variar entre R$ 30 e R$ 100. Uma taxa de serviço de 25% é cobrada sobre valor da hospedagem, dinheiro que vai para o site. O pagamento é feito via boleto bancário ou cartão de crédito.
Pré-requisitos
Para hospedar um pet, é necessário criar um perfil no site com fotos que demonstrem que o anfitrião realmente gosta de animais. A conta ainda deve ter um texto explicando um pouco da rotina da pessoa, tudo para criar uma relação de confiança entre as duas partes. Os interessados em receber os pets podem estabelecer o valor da hospedagem e o porte dos cães que desejam hospedar, dependendo do espaço que têm.
A servidora pública Bianca Santos da Silva, 31 anos, tem uma Shihtzu de um ano e precisou usar o serviço de hospedagem durante uma viagem de quatro dias no início do ano. Ela lembra que a primeira opção era deixar Laylah com a sogra, mas ela também não poderia oferecer os cuidados. "Eu já tinha deixado num hotel, mas queria experimentar outra forma", disse.
Bianca conheceu a bióloga Adriana Borges, 30 anos, dona do maltês Zeca, pelo site. Anfitriã desde fevereiro, Adriana já havia recebido outra cadela em casa, mas antes mesmo de conhecer o DogHero já havia abrigado outros cachorros de amigos. "Eu também tenho cachorro e não gosto da ideia de hotel, me apavora um pouco saber que o Zeca poderia ficar em uma gaiola", comenta.
Questão de hábito
Adriana explica que costuma marcar um encontro com a pessoa interessada no serviço antes da data da hospedagem. "Eu levo o Zeca e a pessoa o cachorro dela, mas tem que ser fora do território de ambos para que eles não se estranharem". A bióloga conta que nunca teve problemas com os animais que hospedou, mas antes de aceitar ser anfitriã costuma perguntar o sexo do animal, se é castrado e se tem perfil dominador. "O cachorro é um animal de matilha e toda matilha tem um líder. Eu tenho o Zeca e, apesar dele ser adestrado, tenho que garantir que todos vão se dar bem".
Ela ressalta que o valor não inclui a ração porque o hóspede pode ser acostumado a uma ração diferente daquela da qual o cãozinho dela se alimenta. Para que o canino não se sinta completamente abandonado pelo dono, é importante levar a cama, o brinquedo favorito e até mesmo um pano com o cheiro dos donos.