O estudo Tablets Tracker Q1, realizado pela IDC Brasil, mostra que a venda de pranchetas digitais no Brasil sofreu queda de 20% no primeiro trimestre de 2015. No total, foram vendidos 1,7 milhão de aparelhos nos três primeiros meses do ano, 390 mil a menos que o mesmo período do ano passado.
[SAIBAMAIS];O número está abaixo dos dois milhões previstos para o período. Porém, diante do cenário econômico brasileiro, o resultado foi positivo;, afirma Pedro Hagge, analista de pesquisas da IDC Brasil. Segundo ele, o principal causador da queda foi a alta do dólar, que gerou repasse de preços de até 17% em relação ao quarto trimestre de 2014, afetando as vendas para o consumidor final e para o mercado corporativo.
Outro fator apontado pelo analista para a queda nas vendas é que o tablet já não desperta mais tanto interesse no consumidor. ;Temos visto que a procura pelo produto tem diminuído ao longo dos meses. Isso acontece por dois fatores: a má experiência de uso e a canibalização do mercado devido aos phablets e outros dispositivos com tela grande;, explica. Para Hagge, isso não significa o fim das pranchetas, mas deve se manter em alguns nichos específicos. "Crianças e, principalmente o segmento da educação, ainda influenciam no consumo desses aparelhos", completa.
A pesquisa mostra, também, que do total de tablets vendidos, 41 mil foram modelos 2 em 1 (notebooks com tela destacável), categoria que cresceu 115% frente ao quarto trimestre do ano passado e que tem se mostrado atrativo para o público em geral. Além disso, 94% foram para consumidor final, 6% para corporativo e 70% custaram menos de R$ 500.
Até o final do ano, a consultoria prevê que sejam vendidos 8,1 milhões de tablets e notebooks 2 em 1 com tela destacável, 14% a menos na comparação com o volume comercializado durante todo o ano de 2014.