Aplicativos que fornecem bulas de remédios não são novidade. Porém, nem todos eles têm fontes confiáveis, são atualizados com frequência ou oferecem outros serviços. O iBulas veio com a promessa de mudar o cenário. Gratuito, ele fornece aos usuários informações sobre mais de 13 mil medicamentos que podem ser encontrados por meio de busca textual ou foto do código de barras. As informações utilizadas no aplicativo são baseadas nos dados públicos disponibilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O iBulas também permite ver a classificação de um medicamento segundo a tarja (livre, vermelha ou preta) e pesquisar farmácias próximas, por meio de GPS.
Além disso, o app incentiva o consumidor a exercer seus direitos. Ele mostra o preço máximo permitido para venda ao consumidor, e, assim, permite verificar se o preço praticado na farmácia está de acordo com o permitido por lei. Por ter acesso a várias opções do mesmo medicamento, o usuário pode optar pelo mais barato e exigir que os preços se adequem aos parâmetros legais.
Lançado em junho deste ano, o iBulas já foi instalado por mais de 1.560 usuários, mas só está disponível para Android, na Google Play. Versões para iOS e Windows Phone estão em desenvolvimento. Conversamos com os diretores da iLevel Tecnologia, Alexandre Máximo e Bruno Saturnino, que participaram do desenvolvimento da plataforma.
Como surgiu a ideia de criar o iBulas?
Partimos de uma necessidade da equipe com relação à utilidade pública, ou seja, auxiliar a população quanto ao modo de uso e reações adversas dos medicamentos. Há, ainda, a questão dos idosos, que não conseguem ler as bulas convencionais, porque a letra é muito pequena. Além disso, não tinha nenhum aplicativo como esse no mercado.
Há melhorias previstas?
Já lançamos estatísticas mensais dos medicamentos mais procurados pelos usuários (foto) e pretendemos disponibilizar uma notificação chamada ;Dica da Semana;, de acordo com esses dados. Se o medicamento mais buscado pelos usuários for o Finasterida, por exemplo, lançaremos dicas para evitar queda de cabelo elaboradas por médicos especializados.
Há espaço para startups desenvolverem softwares como esse em Brasília?
Nós temos cinco meses de vida e fomos convidados para apresentar o aplicativo em uma aceleradora do Rio de Janeiro. De fato, precisamos de mais abertura no mercado brasiliense para mostrar novas ideias. Temos a intenção de transformar o aplicativo em uma forma nova de comprar medicamentos.
Com informações de Rafaella Panceri