Sobram na ficção científica exemplos de universos em que robôs e humanos se confundem na aparência e capacidade de realizar tarefas. Ainda que essa realidade assustadora esteja longe, a robótica evoluiu e traz exemplos de robôs feitos à imagem e semelhança dos criadores.
O pesquisador Hiroshi Ishiguro é responsável por desenvolver algumas dessas criaturas: são os robôs ;mais humanos; já feitos. Em entrevista à BBC ele conta que o maior objetivo é tornar menos clara a linha que separa os humanos dos robôs. Érica, por exemplo, é a humanóide que mais se aproxima disso hoje> ela fala, pisca e anda.
Capaz de palestrar e participar de reuniões, Geminoid HI-1 é o robô clone do pesquisador Ishiguro. O humanóide é dotado de sensores de movimentos no rosto, para imitar o criador.
A linha Geminoid, desenvolvida pela companhia japonesa Kokoro, apresenta hoje os robôs mais realistas e tem como objetivo estudar interações emocionais entre homem e máquina.
Em exposição na capital japonesa, Ishiguro contou estar confiante de que robôs mais parecidos com humanos logo se tornarão algo comum no cotidiano das pessoas. Para ele, ter uma máquina simulando a presença de um ser humano não causa nenhuma estranheza. Dessa forma, Otanoroid e Kodomoroid também são robôs capazes de ler fluentemente em diferentes idiomas, brincar de trava-línguas e são também atentas ao noticiário.
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A funcionalidade de um robô varia e mais do que simular a ação humana, hoje é possível encontrar uma série de robôs que auxiliam a execução de atividades. Como o Paulo, que tem 40 cm e é instrutor de ginástica, capaz de falar, cantar, dançar e até fazer previsão do tempo. Ou o exoesqueleto, desenvolvido pela empresa CyberDyne, que ajuda um homem que teve lesão na espinha ou amputações a reaprender a andar.
"Os humanos têm duas maneiras de evoluir, uma é pelos genes e a outra pela tecnologia. Com elas aumentamos nossas capacidades", explica o entusiasmado pesquisador Ishiguro.
(*Na foto de abertura deste texto, o pesquisador está à direita)