Nova Jersey ; Enquanto você lê esse texto mais de 16 mil fotos e vídeos foram enviados para o Instagram e cerca de 1 mil tuítes foram postados no Twitter, e tudo isso feito em alto-mar. Se antes era improvável ; ou extremamente caro ; fazer isso de um navio de cruzeiro, hoje, a situação se inverteu e, para alegria dos aficionados por tecnologia, já é possível se manter conectado à web e deixar todas as redes sociais atualizadas, e-mails lidos e até assistir ao Netflix sem problemas.
[SAIBAMAIS]A internet de alta velocidade, chamada de Voom, é uma das novidades do Anthem of the Seas, navio de cruzeiro da Royal Caribbean, considerado o mais tecnológico do mundo. Com velocidades que podem chegar a 20Mbps em alto-mar, muito mais que qualquer 4G no Brasil, os hóspedes pagam cerca de US$ 15 para ter acesso ao serviço durante um dia, por um equipamento, e US$ 10 para dispositivos adicionais. A conexão estão disponível por toda embarcação e, claro, como toda internet, está sujeita horários de pico, principalmente na saída do porto de New Jersey, quando o barco passa pela Estátua da Liberdade e todos querem subir os selfies ao mesmo tempo.
Os aficionados por tecnologia também irão ao delírio com outras inovações do navio. Uma delas é o Bionic Bar, criado pela empresa Makr Shakr. Nele, dois braços robóticos roubam a cena ; e o emprego dos barmans ; ao preparar os drinques dos passageiros. Os hóspedes fazem pedidos via tablets e assistem a performance dos bartenders robóticos, que chacoalham, misturam, cortam os limões e servem os convidados. O processo é bem simples e, como diria Silvio Santos, bem bolado. Basta aproximar a sua pulseira com RFID (saiba mais abaixo) em uma das pranchetas eletrônicas, colocar a data de nascimento ; adolescentes, não adianta forjar essa parte, pois a data deve ser a mesma do cadastro ;, escolher entre as bebidas clássicas ou fazer uma sua e pronto. Vale a pena ver a desenvoltura dos robôs e repetir a dose sempre que possível.
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As cabines também são um delírio para aqueles que ficam conectados o tempo todo. Logo que você embarca, a ;chave; do seu quarto, que, na verdade, são aqueles cartões iguais aos hotéis, é equipada com RFID, tecnologia de identificação por radiofrequência, que faz abrir a porta apenas aproximando da porta. Dentro da cabine, estará uma espécie de relógio com a mesma tecnologia. Coloque-o e use para tudo, desde abrir o quarto a pagar por produtos dentro da embarcação. Além disso, há várias tomadas e entradas USB para você deixar os seus gadgets carregando. Aqui vale a dica: como você tem o relógio, deixe o cartão no dispositivo que acende as luzes do quarto, caso contrário deus equipamentos não irão carregar, pois, ao tirá-lo de lá, toda energia é desligada.
Agora, se não teve dinheiro para ficar em uma cabine com vista para o mar, não se preocupe. Pagando pouco mais, você pode ter a visão do oceano de uma maneira virtual, pois 375 cabines, das 2.090, estão equipadas com telas de LED de alta definição de 80 polegadas, que exibem em tempo real a paisagem e os sons do exterior. Sim, você pode desligá-lo ou apenas fechar as cortinas na hora de dormir.
Entretenimento
A internet de alta velocidade ainda trouxe uma grande vantagem para quem gosta de videogames. No SeaPlex, que reúne atividades de entretenimento para todos, há um espaço reservado para os gamers. Equipadas com 5 Xbox One, os dispositivos estão conectados na rede. Dessa forma, dá para disputar com aquele amigo que ficou em casa. Se preferir games mais agitados, há uma sala só com fliperamas de última geração. E, claro, não se esqueça de dirigir o carrinho de bate-bate e tentar imitar capengamente o GTA.
E a tecnologia também está presente nos espetáculos. Dentro do navio, o que na parte do dia é um simpático café, à noite, transforma-se em um palco para apresentações. Dessa forma, em Spectra;s Cabare, uma das apresentações do Anthem of the Seas, os cantores e dançarinos da Royal Caribbean Productions se fundem com a música e os efeitos especiais realizados a partir do Vistarama ; projeções em vídeo sem emenda realizados nas grandes janelas do espaço, que se estendem do chão ao teto e promovem uma tela de 270 graus na popa do navio ; e de uma trupe de seis Roboscreens coreografadas, que torcem, giram, deslizam e podem trabalham individualmente ou em conjunto para formar uma grande e única tela, gerando os primeiros espetáculos multimídia da indústria de marítimos.
E para gerenciar tudo isso, um sofisticado modelo de computação foi utilizado para reduzir o consumo de energia com adaptações estruturais como um eficiente design do casco e do motor. O navio eliminou o uso de lâmpadas incandescentes; toda a iluminação é fornecida por LED de baixa energia ou lâmpadas fluorescentes e sensores de movimento manterão os ambientes sem luz quando ninguém estiver presente, diminuindo o consumo.
No comando
A tecnologia não se resume às instalações dos hóspedes no navio, mas também está na central de comando, onde fica o capitão. Se tiver a oportunidade de ir até lá, não se decepcione ao não ver o timão e tampouco aquela cordinha para que o navio faça barulho. Há, na verdade, uma sala equipada com o que tem de mais moderno na indústria marítima. Radares, controles e aqueles vários botões dão as direções e as ações que o comandante deve tomar durante o percurso.