Washington, Estados Unidos - O Yahoo! negou nesta quarta-feira (5) que faça uma vigilância generalizada das mensagens de e-mail de seus usuários, depois que a imprensa divulgou informações de que a empresa tinha criado um programa especial de rastreamento a mando dos serviços de Inteligência dos Estados Unidos.
O artigo da agência de notícias Reuters, publicado na terça-feira e segundo o qual o gigante da Internet teria rastreado em segredo milhões de contas de e-mail para ajudar as autoridades americanas, era "enganoso", afirmou o Yahoo! em um comunicado enviado à AFP.
"Interpretamos rigorosamente cada solicitação do governo para obter dados dos usuários, para reduzir ao mínimo o que divulgamos", afirma o Yahoo.
"O rastreamento de e-mails descrito no artigo não existe nos nossos sistemas" informáticos, garante.
Segundo a Reuters, que citou ex-funcionários do Yahoo! como fontes, o grupo teria criado em 2015 um programa sob medida que fazia uma varredura em todas as mensagens eletrônicas de seu servidor para ajudar a Agência de Segurança Nacional (NSA) e a Polícia Federal americana (FBI).
Horas depois da divulgação dessas informações, o Yahoo! publicou um breve comunicado, no qual não desmentia, nem confirmava, as acusações.
"O Yahoo! é uma empresa que respeita a lei, e atua em conformidade com as leis dos Estados Unidos", frisou.
Contactados pela AFP, a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI se negaram a comentar o assunto.