Na primeira quinzena de setembro, a sul-coreana Lenovo lançou os primeiros aparelhos da sua nova família de smartphones Moto. O Moto Z e o Moto Z Play chegaram ao Brasil com configurações bem interessantes e a promessa de inovar em um mercado praticamente estagnado. O grande diferencial da linha é a tecnologia modular, que oferece ao usuário uma gama praticamente infinita de equipamentos que podem ser acopladas aos dispositivos. O Tecnologia testou o Moto Z Play, variante com configurações mais modestas, mas que traz recursos tão bons - ou melhores - quanto a topo de linha.
[SAIBAMAIS]O smartphone está equipado com processador Qualcomm Snapdragon 625 com CPU octa-core de até 2GHz e GPU Adreno 506, 3GB de memória RAM, 32GB de armazenamento interno (expansível para até 2TB, via cartão MicroSD) e bateria com autonomia de 3.510 mAh. As câmeras também possuem especificações interessantes: traseira de 16MP com flash dual tone e frontal de 5MP com flash de LED e abertura angular.
Assim como o Moto Z, o aparelho também chega ao mercado em versões com snaps - nome dado aos módulos - diferentes. O pacote de entrada (acompanha uma style shell), sai por R$ 2,2 mil; o Sound Edition (acompanha o JBL Sound Boost), por R$2,5 mil; o Projector Edition (com a Insta-Share Projector), por R$3 mil; e o Hasselblad True Zoom (com a Hasselblad True Zoom), também por R$3 mil.
Design
O aparelho é praticamente igual ao irmão mais caro e também vem com display de 5,5 polegadas, câmera saltada, pinos magnéticos para ;encaixar; os Snaps - nome dado aos módulos que complementam o aparelho - leitor de impressões digitais que serve tanto para bloquear quanto para desbloquear o smartphone e acessar alguns apps, speaker mono e vários sensores.
De início, as principais diferenças ficam por conta do peso e da espessura. Um pouco mais grosso e pesado, o Moto Z Play possui 6,99 mm e 165 gramas, contra 5,2 mm e 136 gramas do irmão mais caro. Os ganhos ajudam na ergonomia e deixam o aparelho mais confortável e seguro na mão. O aumento na espessura também contribuiu para a diminuição da protuberância da câmera, para o retorno da entrada mini jack e para a inclusão de slop híbrido, com espaço para comportar, ao mesmo tempo, dois chips de operadora e cartão de memória.
Software e processamento
Como de costume, o Moto Z Play sai de fábrica rodando a versão mais atual do Android. Já que a variante Nougat ainda não estava disponível na época do lançamento, o smartphone estava equipado com Android 6.1 Marshmallow em sua versão mais pura, sem praticamente nenhuma alteração no sistema operacional. As únicas novidades ficam por conta dos aplicativos "Snaps", que serve como um newsletter para os módulos, e "Moto", para gerenciar alguns dos recursos do aparelho, como a tela inteligente e os movimentos de atalho; nada que vá incomodar usuários que não gostam de interfaces extremamente modificadas.
No uso diário, o processador quad-core de 2GHZ e os 3GB de memória RAM aguentaram bem o tranco, mesmo com vários aplicativos abertos e realizando tarefas que exigem mais poder de processamento. A única ressalva fica para a GPU Adreno 506, que deu algumas engasgadas na hora de rodar jogos mais pesados, como Need For Speed e Mortal Kombat X.
Câmera
A câmera do Moto Z Play possui 16MP, estabilização óptica, flash dual tone e foco a laser. O software é igual ao utilizado no G4 Plus e oferece uma gama gigantesca de possibilidades e comandos que se assemelham a câmeras profissionais. As fotos são muito boas, mesmo em ambientes de baixa luminosidade. A frontal, de 5MP, possui flash, abertura angular para imagens em grupo e também trabalha muito bem. O único problema é o recurso de beleza, que serve para limpar as imperfeições do rosto, mas acaba deixando a pele com um aspecto estranho.
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Bateria
A bateria é um dos grandes destaques do Moto Z Play. O aparelho conta com 3.510 mAh e tecnologia de carregamento turbo, que oferece 100% de autonomia em menos de 1h30min. No evento de lançamento, a Lenovo prometeu até 45 horas de funcionamento. Durante os testes, em uso moderado, o smartphone conseguiu ficar quase dois dias longe da tomada, uma evolução significativa, levando em consideração que o Moto Z mal aguentava até o final do dia.
O Tecnologia não chegou a testar a autonomia da variante Play junto com a Incipio offGrid, Snap que funciona como uma espécie de capinha carregadora e adiciona 2.200 mAh à bateria principal, mas pode garantir que você vai precisar de algumas dezenas de horas para gastar a autonomia total de 5.710 mAh.
Vale a pena?
Um dos lançamentos mais interessantes do ano, o Moto Z Play corrige alguns aspectos meio duvidosos do irmão mais robusto e é a versão ideal para quem não abre mão de muita bateria e ainda não se cansou da boa e velha entrada mini jack. O preço, bem mais em conta, é muito bem vindo, obrigado; e a tecnologia modular garante uma certa continuidade para o aparelho. Foi como escrevemos na análise do Moto Z: se a Lenovo souber trabalhar com os módulos e cumprir a promessa de que eles serão compatíveis com qualquer versão da família, a linha ;Z; tem tudo para continuar como o dispositivo mais inovador do mercado.
Ficha Técnica
Moto Z Play
Processador: qualcomm Snapdragon 625
Memória RAM: 3GB
Armazenamento interno: 32GB (expansível via MicroSD)
Dimensões (A x L x E): 156,4 x 76,4 x 6,99 mm
Peso: 165 gramas
Tela: 5,5 polegadas
Resolução: 1920 x 1080 pixel
Câmeras: Traseira de 16MP e frontal de 5MP
Slots para cartão: Dual SIM LTE 4G
Conectividade: Wi-Fi, Bluetooth 4.0, GPS
Sistema operacional: Android 6.0.1 Marshmallow