Agência France-Presse
postado em 07/04/2017 17:01
O Google está adicionando uma etiqueta de verificação de fatos para os resultados do seu motor de buscas, em mais uma iniciativa para combater a disseminação de informações e notícias falsas, disse a empresa nesta sexta-feira.
As novas etiquetas, que estarão disponíveis em todos os idiomas para usuários do mundo todo, usarão verificadores de dados de terceiros para indicar se as notícias são verdadeiras.
O sistema se limita aos títulos de determinadas informações que foram objeto de verificação por parte de sites especializados, como Snopes e PolitiFact, ou pelas equipes de verificação de fatos de meios como o The Washington Post.
Consultas sobre eventuais semelhanças entre o decreto migratório de Donald Trump e o de Barack Obama, ou sobre as afirmações do diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA) sobre as mudanças climáticas, por exemplo, fazem com que os resultados de verificação com estas menções apareçam no topo da página, segundo cada caso: "falso", "essencialmente falso" ou "verdadeiro".
Essa informação não estará disponível para todos os resultados de pesquisas, e pode haver conclusões conflitantes em alguns casos, escreveram na sexta-feira Justin Kosslyn, diretor de produto da Jigsaw, empresa da Alphabet, e Cong Yu, pesquisador do Google Research.
"Essas verificações de fatos não são do Google e são apresentadas para que as pessoas possam avaliar os resultados mais informadas", disseram.
"Mesmo que conclusões diferentes possam ser apresentadas, achamos que a ferramenta é útil para as pessoas entenderem o grau de consenso em torno de uma alegação específica e terem informações claras sobre quais fontes concordam", acrescenta o texto.
O Google trabalhou com 115 grupos de verificação de fatos em todo o mundo para esta iniciativa, que começou no ano passado.
O anúncio chega um dia depois de que o Facebook adicionou uma nova ferramenta em feeds de notícias para ajudar os usuários a determinar se as histórias compartilhadas são reais ou falsas.
As notícias falsas se tornaram um problema na campanha eleitoral americana no ano passado, quando textos com informações errôneas circulavam nas redes sociais, potencialmente influenciando alguns eleitores.